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DUAS RODAS

Mundo das motos: Ducati faz homenagem a pilotos e o Dakar 2024 promete

Em um rápido giro pelo universo das motocicletas, confira as novidades da Ducati, Bajaj, Lambretta, MV Agusta e ainda saiba quem levou o título de Moto do Ano e como será o Dakar

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Ducati Racing Replica Panigale V4S com os campeões Alvaro Bautista e Pecco Bagnaia, e Panigale V2 de Nicolo Bulega
Ducati Racing Replica Panigale V4S com os campeões Alvaro Bautista e Pecco Bagnaia, e Panigale V2 de Nicolo Bulega Foto: Matteo Lepri/Ducati/Divulgação

Em comemoração à temporada de 2023 nas pistas, a Ducati produziu cinco modelos Panigale “de rua” inspirados nas pinturas das motos de Francesco Bagnaia (Campeão Mundial de MotoGP), Alvaro Bautista (Campeão Mundial de Superbike), Nicolo Bulega (Campeão Mundial de Superesport), Jorge Martin e Marco Bezzecchi. A Panigale V4R de Bagnaia tem a pintura amarela, mesma decoração em que disputou as corridas de San Marino e Misano. Serão 263 exemplares numerados, assinados pelo piloto, além de um certificado de autenticidade.

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As cinco versões da Ducati Panigale Racing Replicas, V4S e V2 em edição limitada Foto: Matteo Lepri/Ducati/Divulgação

A Panigale V4R de Bautista também tem decoração amarela das provas de Misano e Jerez de La Frontera. O tanque é em alumínio escovado, as aletas em fibra de carbono e as rodas em alumínio forjado Marchesini. A moto racing réplica tem tiragem de 219 exemplares assinados e numerados. A V4R de Martin (vice campeão mundial de MotoGP) tem as cores branco e azul da equipe Pramac com para-lama dianteiro em fibra de carbono, limitado em 189 exemplares.

O modelo Panigale V4R de Bezzecchi tem as cores amarelo e preto, inspirado na Desmosedici da equipe Money VR46, e é limitado a 72 exemplares. Todas as Panigale V4R são baseadas na versão S e enriquecidas com embreagem seca, escape Akrapovic mais leve, freios Brembo Stylema, pedaleiras Rizoma em alumínio ajustáveis e assentos de um lugar. A Panigale V2 de Bulega tem as cores vermelho e preto da equipe Aruba Racing e é limitada em 111 unidades. Os amortecedores são Ohlins, os para-lamas, protetor de corrente, tampa da embreagem e balança da suspensão são em fibra de carbono.

BAJAJ

A marca indiana Bajaj comemorou em 15 de dezembro um ano de Brasil, instalada em Manaus, Amazonas, em parceria com a Dafra. Neste período, foram vendidas mais de 3.800 motos. O modelo Dominar 160 representou 11% do volume, a Dominar 200, 22% das vendas, e a Dominar 400, cerca de dois terços, com 67% da comercialização.

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Bajaj Dominar 400, modelo mais vendido da marca Foto: Fabio Arantes/Bajaj/Divulgação

A marca conta com 10 concessionárias, sendo cinco no estado de São Paulo, uma em Santa Catarina, uma no Rio de Janeiro, uma na Bahia, uma em Brasília e a recém-inaugurada em Belo Horizonte (MG). Para acelerar o processo de implantação, a Bajaj vai inaugurar em 2024 uma fábrica própria em Manaus, aumentando também a linha de motos.

LAMBRETTA

Durante muito tempo no Brasil, o nome Lambretta foi associado a qualquer moto pequena, apelidada de “Lambretinhas”. Também era confundida com as Vespas. Tudo era classificado como Lambretta. É que a italiana Lambretta foi a primeira indústria de motos do Brasil, instalada na cidade de São Paulo em 1955, antes mesmo dos automóveis.

Chegou a produzir 50 mil unidades por ano, mas fechou as portas em 1982. Atualmente, existem associações e clubes de Lambrettas. A marca continua em plena atividade, presente em 45 países. Porém, sua holding está em Lugano, na Suíça, a administração na região de Londres, Inglaterra e a parte operacional em Bangkok, na Tailândia. Seguindo a tendência mundial, também lançou o modelo elétrico Elletra. Porém, teve o cuidado de manter o DNA, com um desenho que lembra os modelos pioneiros dos anos 1950.

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Lambretta Elletra, scooter elétrico Foto: Lambretta/Divulgação

Mesmo com toques futuristas, luzes, cores e um inédito guidão, a silhueta clássica foi preservada. O scooter Lambretta Elletra tem bateria de íon lítio, com três modos de pilotagem – Eco, Ride e Sport –, e uma espécie de capô para acesso ao motor e compartimento para volumes. A suspensão dianteira tem duplo amortecedor com o tradicional pull-wheel. As rodas tem aro de 12 polegadas.

BENTLEY

A Volkswagen é dona da Audi, que por sua vez é dona da Ducati. O grupo Volks também tem a Lamborghini e a luxuosa inglesa Bentley. Esta simbiose entre a Ducati e a Bentley vai gerar uma edição limitada e numerada de 500 exemplares da Ducati Diavel V4 inspiradas no carro Bentley Batur. O Batur tem motor W12 com 740cv de potência. Serão feitas apenas 18 unidades do Batur, fabricados a mão pela Mulliner, o mais antigo fabricante de carrocerias do mundo e divisão interna da Bentley para carros sob medida.

A Ducati Bentley tem peças em fibra de carbono, como para-lamas, tampa do motor, tampa do farol, painéis laterais e escapes, que foram redesenhados. As rodas em alumínio forjado, na cor Dark Titanium Satin, lembram as do carro. O banco é revestido em Alcântara, inspirado nos assentos do Batur com logotipo. A carroceria também tem traços do carro, inclusive na cor Scarab Green (verde) característica. A Diavel V4 tem motor de quatro cilindros em V, 1.158cm³ e 168cv de potência.

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Ducati Bentley foi inspirada no carro e terá apenas 500 exemplares Foto: Ducati/Divulgação

Serão produzidas ainda mais 50 unidades exclusivas para donos dos automóveis Bentley. A Ducati V4 Bentley Mulliner individual poderá ter a mesma cor do carro, a mesma decoração do assento, pinças de freios e outras peças em fibra de carbono. As motos são entregues em uma caixa personalizada acompanhada de certificado de autenticidade. A Ducati preparou ainda jaquetas e capacetes próprios, com as mesmas cores dos modelos.

MV AGUSTA

A marca italiana é um desdobramento da Aviação Agusta, fundada pelo conde Giovanni Agusta em 1923. No pós-guerra, a Itália foi proibida de fabricar material aeronáutico e aviões. A MV (Meccanica Verghera) Agusta começou então a produzir motos. De lá para cá, teve altos e baixos, esteve no Brasil oficialmente (atualmente representada pelo Grupo Lelis Motosport), porém, sempre com modelos de alta performance e design inovador.

Nas competições, venceu 17 vezes seguidas o mundial de motovelocidade na classe 500cm³, nas décadas de 1950 e 1960. Mantendo o desenho inovador, a MV Agusta encomendou ao novaiorquino Daniel Arsham uma reestilização do modelo neo-retrô Superveloce 800. O estilista americano é conhecido por redesenhar as fronteiras entre a arte, o design e a arquitetura.

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MV Agusta Superveloce 800, buracos na carenagem como obra de arte Foto: MARCO RENIERI/MV Agusta/Divulgação

A moto pintada em branco tem na carenagem dianteira e traseira buracos representando a erosão natural de elementos atmosféricos como água e ar nas pedras como uma colisão entre passado, presente e futuro, na visão do artista. Serão produzidas apenas seis exemplares do modelo. A MV Agusta Superveloce 800 tem motor de três cilindros em linha, 798cm³, potência de 147cv a 13.000rpm e torque de 9,0kgfm a 10.100rpm.

MOTO DO ANO

A revista Duas Rodas completa 50 anos em 2024 e há quase 30 anos promove anualmente o concurso Moto do Ano. A publicação é a mais antiga do segmento no Brasil e elegeu em 13 de dezembro a Ducati Panigale V4S, com maior pontuação geral, a Moto do Ano 2024 e também na categoria Superesport. A avaliação é feita com a ajuda de um corpo de jurados que testam as motos em uma pista, avaliando motor, freio, suspensão, agilidade, conforto, design e custo benefício.

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Ducati Panigale V4S, vencedora do concurso Moto do Ano 2024 Foto: Ducati/Divulgação

Concorreram 30 motos lançadas entre outubro de 2022 e novembro de 2023. Na categoria Touring, a eleita foi a Honda 1800 Gold Wing Tour. Na categoria Classic & Custom, a Harley-Davidson Sportster S. Na categoria Scooter, a BMW C 400 X. A vencedora na categoria Street foi a Yamaha YZF R15 ABS. Quem venceu a categoria Naked até 400, foi a Honda CB 300F Twister e na Naked, a Triumph Street Triple 765 RS. A Royal Enfield venceu na categoria Trail com a Scran 411; a Kawasaki, na categoria Sport, com a ZX-4R; e também a Ducati, na categoria Adventure, com a Desert X. A moto destaque foi a Bajaj Dominar 400.

DAKAR 2024

A 46ª edição do Rally Dakar será disputada inteiramente nas areias e pedras da Arabia Saudita, entre os dias 5 e 19 de janeiro de 2024. Entre 2009 e 2019, o Dakar foi disputado na América do Sul. O ponto de partida, com a definição do prólogo, será na cidade de Alula, e a chegada, na cidade de Yanbu, no Mar Vermelho. Serão ao todo 7.923 quilômetros, dos quais 4.676 de provas especiais, contra o relógio, com um dia de pausa para manutenção e descanso em Riyadh, capital do país.

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Marca italiana Fantic vai disputar o Dakar 2024 com a pilota britânica Jane Daniels Foto: Cristiano Barni/Fantic/Divulgação

Uma das novidades do percurso será o sexto estágio, nos dias 11 e 12 de janeiro, com 766 quilômetros. Será uma etapa com 48 horas. Os pilotos terão 16 horas para alcançarem o acampamento. Ali, terão duas horas para manutenção. No dia seguinte, a partir das 7h da manhã iniciam o restante do estágio. Os veículos movidos a eletricidade, hidrogênio e híbridos terão bônus durante a competição. Entre as motos não tem brasileiros inscritos, mas nos quadriciclos, o maranhense Marcelo Medeiros é um dos candidatos, com um Yamaha YFM 700 Raptor.

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