Depois de sinalizar sua chegada, por meio de vazamentos propositais, a inglesa Triumph apresentou oficialmente em 9 de janeiro a nova esportiva Daytona 660. O modelo, porém, só vai estar nas vitrines (inicialmente na Europa) a partir de março, na primavera do Velho Continente. A nova moto tem o mesmo motor de três cilindros em linha e outros componentes da aventureira Tiger Sport 660 e da naked Trident 660, ambas já na linha nacional, produzidas em Manaus, Amazonas.
A coincidência da plataforma entre os modelos também sinaliza, embora não confirmada, que a Triumph Daytona 660 certamente também vai desembarcar aqui, em outra primavera não muito distante. A logística favorece. No entanto, por conta do novo segmento esportivo de média cilindrada, o motor da Daytona 660 foi ajustado para um desempenho mais apimentado.
Motor nervoso
Para a pegada mais esportiva, a Triumph alterou o cabeçote, os pistões, o comando de válvulas, o sistema de admissão e o gerenciamento eletrônico. O resultado é que o motor tricilíndrico da Triumph Daytona 660 fornece 95cv de potência a 11.250rpm (faixa vermelha a 12.650rpm), contra 81cv a 10.250rpm das “primas”. Um considerável acréscimo de 17%.
O torque também foi majorado. A força máxima de 7,04kgfm aparece a 8.250rpm. Entretanto, 80% do torque, ou 5,6kgfm, já estão disponíveis a 3.150rpm. Performance que permite uma condução nervosa. Para tanto, o câmbio de seis marchas da Triumph Daytona 660 também foi modificado, facilitado pelo quick shift de duas direções e embreagem assistida e deslizante.
Nome de batismo
A Triumph já batizou suas esportivas com o nome Daytona, inspirada na vitória do modelo Tiger 100 na tradicional prova americana Daytona 200, em 1966. A linhagem Daytona sempre cumpriu um papel mais esportivo. A nova Triumph Daytona 660 segue o figurino, com semi guidões mais baixos 5mm e mais para frente 10mm, carenagem integral e duplo farol em LED na dianteira.
Porém, o quadro da Triumph Daytona 660 é em tubos de aço perimetral, semelhante ao das “primas”, assim como a balança da suspensão traseira também em aço, mas em forma de “banana” para acomodar a saída do escape baixo e curto, logo à frente da roda traseira. Pelo menos, rebaixa as massas e o centro de gravidade. A distância entre-eixos também foi alterada, assim como o peso e altura. Ambos, ligeiramente maiores.
Pacote de equipamentos
Outro item comum no pacote é o pequeno painel, praticamente igual. Tem tela em TFT colorida e conectividade com o celular via aplicativo da Triumph. O que muda é a eletrônica. A nova moto Triumph Daytona 660 tem três modos de pilotagem: Rain, Road e Sport, ao contrário das “primas” Tiger Sport e Tridente 660, que têm somente dois – Rain e Road.
A suspensão dianteira da Triumph Daytona 660 é Showa invertida, com tubos de 41mm de diâmetro e funções separadas (SFF-BP) com curso de 110mm. A suspensão traseira é mono, Showa, com regulagem na pré carga e 130mm de curso. Os freios são ABS, com duplo disco de 310mm de diâmetro na dianteira e pinças radiais de quatro pistões. O freio traseiro tem disco de 220mm com pinça de pistão simples.
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