A Honda CB125R foi atualizada na linha 2024 para atender às novas normas de emissões Euro 5+. De quebra, adotou novo painel com tela TFT de cinco polegadas, novas cores e outros detalhes técnicos. Porém, o modelo não está disponível no mercado brasileiro. Só lá fora. A última moto Honda nacional com motor de 125cm³ foi a CG 125, que subiu no telhado e saiu do catálogo em 2019, para dar lugar aos atuais motores de 160cm³ da linha CG.
A tradição do motor com oitavo de litro ou 125cm³ começou com o lançamento da primeira CG brasileira em 1976, há quase meio século. Ao longo do tempo, a Honda CG 125 evoluiu, ganhou o primeiro motor movido a álcool do mundo em 1981 e foi o modelo mais vendido no país em várias versões. No entanto, não resistiu à adoção de normas técnicas, como a obrigatoriedade de freios combinados CBS e reduções de emissões.
A tradição, contudo, segue com a linha CB125, que é uma alternativa mais requintada em relação à linha CG. O modelo Honda CB125R 2024, classificado como Neo Sport Cafe (NSC), ainda tem um pouquinho a mais, embora seja de baixa cilindrada.
A linha Neo Sport Cafe, apresentada como retrô moderna, foi lançada em 2017, junto com a CB300R e a CB1000R. Das três, apenas a CB1000R veio oficialmente para o Brasil.
Café racer
O conceito “café racer” ou café esporte nasceu na Inglaterra por volta dos anos 1950, quando a moçada se reunia nos cafés para acelerar as motos. Como forma de extrair mais performance, os modelos eram modificados artesanalmente, com peso aliviado e motor preparado. Com a repercussão, as fábricas incorporaram o estilo e passaram a produzir o conceito industrialmente.
A Honda CB125R acrescenta a palavra “Neo” (nova) Sport Cafe, indicando que tem inspiração no passado, mas agrega tecnologia atual. O motor de um cilindro e 124,9cm³ é do tipo DOHC (duplo comando), com quatro válvulas e arrefecimento líquido, que entrega 15cv a 10.000rpm e torque de 1,2kgfm a 8.000rpm, acoplado a um câmbio de seis marchas.
Freios ABS
A suspensão dianteira é invertida Showa, com tubos de 41mm de diâmetro e funções separadas. Um lado faz a compressão e o outro o retorno. Na traseira, sistema mono sem ajustes. O sistema de freios é sofisticado. Uma central de medição inercial (IMU) gerencia a distribuição da pressão do sistema ABS, conforme o comportamento dinâmico da moto. Na dianteira, disco de 296mm de diâmetro, com pinça radial Nissin de quatro pistões. Na traseira, disco de 220mm com pistão único.
As rodas são em liga leve com aros de 17 polegadas, calçados com pneus radiais de medida 110/70 na frente e mais largos, com 150/60 atrás. Só para efeito de comparação, a Honda CG 160 Titan, topo da linha, tem pneu traseiro com medida de 100/80 em aro de 18 polegadas. Outra sofisticação da Honda CB125R 2024 é o painel, herdado da “prima” maior CB1000R. São três tipos de visualização, além do computador de bordo e shift light. A iluminação é em LED e, como acessório, punhos aquecidos em cinco níveis e tomada 12V.
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