A segunda geração do scooter Honda Elite 125, já como modelo 2025, chega renovada no visual e na parte técnica. O modelo de entrada da linha scooter da marca, lançado em 2019, tinha grande parte dos componentes produzidos na Ásia (Tailândia), onde os scooters têm enorme popularidade. Atualmente, o Elite 125 é fabricado em Manaus para o mercado brasileiro, que também vai ganhando notoriedade aceleradamente, com preço sugerido (sem frete) de R$ 12.966.
As características urbanas de praticidade e economia impulsionam o segmento frente a um trânsito cada vez mais caótico e um transporte coletivo menos eficiente. Para seduzir a freguesia, o Honda Elite 125 renovou o desenho com inspiração em modelos maiores e mais volumosos. O bloco de iluminação em LED tem o farol destacado da luz de posição, que foi para o andar de cima, junto ao conjunto do guidão.
Ergonomia adequada
Na ergonomia, o banco em dois níveis ficou maior e também mais baixo, a 765mm do chão. Para o garupa, alças laterais de apoio e nova posição de encaixe dos pés com pedaleiras retráteis. Porém, o destaque no Honda Elite 125 é o conforto do amplo assoalho plano, que facilita muito o embarque e desembarque, corriqueiros no dia a dia urbano. Entretanto, a praticidade do assoalho plano trouxe efeitos colaterais.
Deslocou o tanque de 5,3 litros para a traseira, junto à rabeta. Seu bocal pode ser aberto com simples toque de tecla no escudo frontal. Contudo, pode dificultar a instalação de um eventual bauleto. A posição do tanque também espremeu o “porta-malas” sob o banco (igualmente aberto por tecla), com capacidade para um capacete do tipo aberto. Para compensar, o Honda Elite 125 tem amplo porta-luvas na face interna do escudo e dois ganchos para transporte de bolsas e sacolas.
Quebra-molas
O novo quadro, em aço do tipo underbone, aumentou a distância entre-eixos em 37mm (melhor nas retas) e também elevou a distância livre do solo em 38mm, passando para 171mm, facilitando a transposição, por exemplo, dos costumeiros “jabutis” urbanos, conhecidos como quebra-molas. O peso também foi reduzido em 4kg em relação ao modelo anterior, anotando agora 100kg.
Outra comodidade urbana está no câmbio do tipo CVT (continuamente variável), outra enorme funcionalidade, Porém, o sistema não “engrena” e o cavalete central permite estacionar com mais segurança. O painel, totalmente digital com fundo Blackout, também ajuda. Além dos dados de praxe, traz a carga da bateria, computador de bordo, com números do consumo e luzinhas que monitoram uma tocada mais econômica.
Motor novo
O motor de um cilindro, OHC, com 123,9cm³ e refrigeração forçada a ar, é totalmente novo, inclusive no sistema de escapamento. Tudo para atender às rígidas normas de emissões do programa Promot fase 5. A mexida também alterou a potência, que foi reduzida em 1,14cv. Porém, o torque aumentou em 0,1kgfm. A potência agora é de 8,2cv a 6.250rpm e o torque 1,06kgfm a 5.000rpm. Ambas, no entanto, aparecem em rotações mais baixas, favorecendo a tocada urbana.
Outro ponto de destaque no motor é a tecnologia eSP (Enhanced Smart Power), que reduz os atritos e vibrações internas e do Idling Stop. Uma espécie de “pare e siga” que desliga o motor em paradas um pouquinho mais prolongadas, em um semáforo, por exemplo. O sistema (que pode ser desativado) ajuda a economizar combustível e reduz emissões. Porém, basta um toque no acelerador para o motor ligar com todo gás, graças ao sistema de gerador e alternador que fornece energia sem gastar a bateria.
Andando com o scooter
O vão central, junto com o assoalho plano, deixam bom espaço para as pernas e a sensação é de estar sentado em uma poltrona. O motor “enche” rápido, largando na frente do trânsito. As rodas em liga leve de menor diâmetro, com aro de 12 polegadas na dianteira e 10 polegadas na traseira, conferem extrema agilidade e rapidíssimas mudanças de direção. Porém, sofrem nas imperfeições do asfalto.
As suspensões e os pneus Pirelli Angel scooter 90/90 na frente e 100/90 atrás, filtram boa parte dos solavancos. Na suspensão dianteira garfo com 90mm de curso e na traseira um único amortecedor com 70mm de curso e três ajustes na pré-carga, que ficou mais na vertical, exatamente para apanhar menos. Os freios são combinados CBS, em vez de ABS, com disco de 190mm na dianteira e a tambor mesmo na traseira com 130mm de diâmetro.
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