Completamente modernizada, a superesportiva Ducati Panigale V4, já como modelo 2025, aprimorou o motor – agregando mais eletrônica –, o design, a aerodinâmica, a ergonomia e os freios, incluindo a versão “S” ainda mais sofisticada. Depois de apresentar o modelo Panigale V2 Superquadro Final Edition, uma despedida do tradicional motor V2 a 90 graus com comando desmodrômico, presente há mais de três décadas, a Ducati investe na motorização V4.
A Ducati já comercializa oficialmente no Brasil a Panigale V4, versão anterior, somente na refinada (e mais salgada) especificação “S”, com preço sugerido de R$ 166.990, sem frete. A sétima geração do Ducati Panigale V4 S, apresentada no circuito de Misano, Itália, durante o World Ducati Week (WDW). também vai desembarcar no Brasil, embora ainda sem confirmação de preços e data. Um verdadeiro míssil terrestre ainda mais leve e mais potente que a antecessora.
Cavalaria
O motor com quatro cilindros em V a 90 graus, batizado de Desmosedici Stradale de 1.103cm³, equipado com comando desmodrômico, ficou um quilo mais leve com as modernizações. A potência atinge 216cv a 13.500rpm e torque de 12,3kgfm a 11.250rpm. Nesta configuração, a relação peso e potência é de 1,15cv para cada 1kg. Em configuração “racing”, com escape Akrapovic, a potência sobe para estratosféricos 228cv, com peso de 187kg. Dois a menos no total que a versão Ducati Panigale V4 S anterior.
A unidade de medição inercial (IMU) processa informações de cerca de 70 sensores para controlar os vários modos de pilotagem e níveis do controle de tração, controle de empinadas, controle de derrapagem lateral, controle de largada e quick shift bidirecional. A eletrônica tem tecnologia absorvida das experiências no Mundial de MotoGP, no qual a Ducati é a atual campeã entre os construtores.
Aerodinâmica
A carenagem integral da Ducati Panigale V4 S 2025 manteve as asas laterais com duplo perfil para aumentar o chamado downforce e impedir que a moto decole. As tomadas de ar para o radiador também aumentaram. Porém, com ajuda do CFD Computacional Fluid Dynamics a aerodinâmica ficou cerca de 4% mais eficiente. As rodas com aros de 17 polegadas de diâmetro são em alumínio forjado na versão S, pesando apenas 7,1kg o par.
Outra modificação importante foi na suspensão traseira da Ducati Panigale V4. A balança monobraço foi substituída por outra de duplo braço em alumínio, com abertura no centro (semelhante a um abridor de garrafas), chamado pomposamente de Ducati Hollow Symmetrical Swingarm. O amortecedor traseiro é Ohlins regulável inspirado na Desmosedici GP. Na suspensão dianteira, terceira geração Ohlins eletrônica, com garfo invertido de 43mm de diâmetro, amplamente ajustável.O guidão também tem amortecedor Ohlins.
Breques
A eletrônica também está no sistema de freios. Pela primeira vez no mundo, a Ducati Panigale V4 adota pinças de freio Brembo Hypure monobloco de quatro pistões. São mais leves e dissipam melhor o calor gerado nas frenagens. Na dianteira, duplo disco de 330mm de diâmetro, e na traseira, disco simples de 245mm, porém, com pinça de dois pistões.
A Bosch desenvolveu uma eletrônica que combina os freios dianteiro e traseiro (CBS) com função de curvas. O inédito sistema também é capaz manter ativo o freio traseiro (no modo Race), mesmo depois do piloto liberar o freio dianteiro, simulando técnicas de pilotagem profissionais em circuitos. O painel da Ducati Panigale V4 2025 é totalmente novo, com tela colorida em TFT com 6,9 polegadas e dois modos de exibição: Road e Track.
O cardápio de informações no painel da Ducati Panigale V4 2025 inclui grau de inclinação lateral e longitudinal, porcentagem de potência e torque utilizados, tabela de tempos setorizados por trechos da pista, por exemplo, além de conta-giros, temperatura, velocímetro, modos de pilotagem e conexão com o smartphone.
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