De Mogi Guaçu (SP) - A família CB 500, composta dos modelos CB 500F, CB 500X e CBR 500R, lançada no Brasil em 2013, ganhou sua primeira modernização na linha 2016, que agora chega ao mercado. Produzida em Manaus, a CBR 500R é a esportiva entre as três irmãs, que dividem motor, quadro, rodas, painel e freios. Para assumir a porção esportiva, o modelo conta com carenagem integral, semiguidãos, duplo farol e rabeta com entradas de ar. Porém, a posição de pilotagem não sacrifica tanto o conforto em nome da esportividade, permitindo o uso cotidiano sem pressa.
A nova carenagem é mais vincada e agressiva, com a dupla de faróis mais afilados, mas o grafismo e a combinação de cores preto e vermelho foram desenvolvidos especialmente para o Brasil, pela engenharia nacional. A exclusividade tem uma razão. O Brasil, proporcionalmente, é o país onde mais se vende motos 500 no mundo. No entanto, o resultado também agradou a outros mercados e o mesmo visual será adotado em diversos países onde também é comercializada. A mudança, contudo, trouxe outra novidade. O preço sugerido agora é de R$ 29 mil.
ANDANDO A nova CBR 500R tem semiguidãos e banco bipartido em dois níveis, como nas esportivas mais nervosas. Além disso, agora conta com manete de freio com cinco regulagens de altura e suspensão dianteira com possibilidade de ajustes na pré-carga. Um avanço em relação ao modelo anterior, entretanto, ao contrário das esportivas puro-sangue, a suspensão dianteira é convencional, não invertida, com tubos de 41mm de diâmetro e 120mm de curso. Já a suspensão traseira é do tipo mono, com 119mm de curso, também com ajustes na pré-carga.
Os ajustes e a posição de pilotagem menos radical, com altura de semiguidão e pedaleiras intermediárias, permitem uma tocada com maior sintonia, reforçando a sensação de facilidade na condução. Já os “sapatos”, com pneus Pirelli, foram substituídos por Dunlop de medida 120/70 na dianteira e 160/60 na traseira, calçados em rodas de liga leve com aros de 17 polegadas. Outra mudança que reforça a pretensão esportiva é a adoção de um novo escape de saída mais curta e hexagonal, seguindo as tendências atuais de estilo, e que também traz um ronco mais encorpado e agradável.
MOTOR O motor não sofreu qualquer modificação em relação ao modelo anterior. É um dois cilindros em linha, com duplo comando e refrigeração líquida de 471cm³ de cilindrada, que gera 50,4cv de potência a 8.500rpm e um torque de 4,55kgfm a 8.500rpm. Muito redondo e com vibrações reduzidas, por conta de generosos balanceiros internos, não oferece a explosão das esportivas de alta performance, pois está capacitada para rodar confortavelmente no dia a dia, mas pode ser bem divertida quando se explora o câmbio de seis marchas.
O painel é inteiramente digital e tem o conta-giros em gráfico de barras. Também conta com relógio e computador de bordo com o consumo instantâneo e médio, além das funções de praxe. Outra novidade é a iluminação dos faróis e lanterna, com LEDs, de um novo tanque de combustível com tampa do tipo esportiva e capacidade aumentada em 1 litro, passando para 16,7 litros. O conjunto dos freios conta com sistema ABS de série e tem um disco na dianteira com 320mm de diâmetro e pinça Nissin, e um disco na traseira com 240mm de diâmetro.
(*) Jornalista viajou a convite da Honda