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Benelli Tornado TRE 1130 - Semeando tempestade

Superesportiva tem nova opção de motor mais potente de três cilindros em linha. Modelo, com alterações técnicas radicais, mantém visual semelhante ao do caçula

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Motor de três cilindros em linha fornece 163 cv. Os freios dianteiros são superdimensionados, com duplo disco de 320 mm de diâmetro

A história da tradicional marca italiana fundada em 1927, na cidade de Pesaro, com a união dos seis irmãos Benelli, tem um roteiro semelhante ao de outras pequenas montadoras européias. Nasceu, cresceu, e depois trombou de frente com a concorrência japonesa a partir da década de 60. A pressão mercadológica fez a família Benelli vender o controle da empresa, que como estratégia, encolheu e passou a produzir motos e scooters de pequena cilindrada, exatamente como no início.

Nas voltas que o mundo dá, o roteiro de sua trajetória reservou outra surpresa, que também vem da Ásia. O controle foi novamente vendido para outro gigante econômico que vai se formando rapidamente como uma tsunami, a China. A marca Qianjiang pretende, com o tradicional nome Benelli, invadir o mundo. Para tanto, está reformulando a linha de modelos. Lançou no fim de 2006, o modelo BX 450, tipo fora-de-estrada, com motor de dois cilindros em V e 450 cm³; o modelo Due, com 756 cm³ e reformulou a linha existente. Entre eles, a nova superesportiva Tornado TRE 1130.

Fermento

A estratégia de crescimento inclui também o Brasil. A marca está programando um desafio pelo Amazonas. Serão 17 mil quilômetros, com o modelo TER-K de 1130 cm³, com preparação especial. O modelo superesportivo Tornado surgiu em 2000 (inspirado em um nome já usado pela marca no início dos anos 70), com 900 cm³, três cilindros em linha e soluções técnicas ousadas. O radiador foi deslocado para baixo do pára-lamas traseiro e resfriado com auxílio de ventoinhas, deixando a moto extremamente fina. O quadro formado por tubos tem forma de treliça.

O visual, apesar de contar com quase uma década, permanece atual


Porém, de lá para cá, pouca coisa mudou, o que é fatal, em um mundo com a concorrência tão acelerada. Assim, em 2006, a marca envenenou o motor da antiga Tornado, que passou de 900 cm³ para 1130 cm³. O propulsor foi herdado da linha TNT e conserva os três cilindros em linha. Entretanto, os radiadores aumentaram de tamanho, assim como as saídas, que parecem como dois enormes escapes e funcionam como chaminés. O escape acompanhou a mudança e tem saída lateral, no formato tradicional, só que mais encorpado.

Visual

Apesar das alterações técnicas e do fermento no motor, o visual continuou bastante semelhante ao do modelo caçula ainda em linha. O destaque fica na dianteira. No lugar em que estariam os faróis tradicionais, existem duas aberturas de ar para pressurizar o motor em altas velocidades. Os faróis ficam empilhados no centro da carenagem. As setas também foram para a carenagem e são finas para compor o estilo. A Benelli não economizou nos fornecedores, valendo-se das marcas mais badaladas para equipar o novo modelo. Na traseira, as chaminés das ventoinhas do radiador chamam bastante atenção e compõem um agressivo design.

A suspensão dianteira é Marzocchi invertida, regulável, com tubos de 50 mm. A suspensão traseira é mono, também regulável. Os freios dianteiros duplos, com discos de 320 mm, têm pinças radiais de quatro pistãos da marca Brembo. O freio traseiro tem 240 mm. As rodas são em liga leve, com aros de 17 polegadas. O motor de três cilindros em linha, equipado com injeção eletrônica e quatro válvulas por cilindro, fica inclinado a 15 graus e fornece 163 cv a 10.500 rpm. O torque é de 12,4 kgfm a 8.000 rpm e o peso a seco, de 195 kg. Informações: Benelli.com.