O estilo custom, mais comum aos modelos de maior porte, vai se popularizando também entre as motos menores, como a Horizon, 150 apresentada em outubro de 2015 e que agora chega ao mercado, com preço sugerido de R$ 8.190. Neste segmento, o porte avantajado e os muitos cromados são virtudes, e o peso não é propriamente um defeito. Porém, o conforto, o visual e uma pegada de mais força no motor, ou torque, em vez de potência pura, são obrigações. A nova Horizon 150 segue a cartilha dentro dos limites de um motor de um cilindro, com apenas 149cm³ de cilindrada.
Para ajudar a camuflar a real “identidade” do modelo e conferir uma aparência mais volumosa, de acordo com o figurino preferido do estilo custom, o numeral 150 de identificação do motor, que é pintado de preto, foi omitido na decoração, que ressalta apenas o nome Horizon. Além disso, os pneus sem câmara, que também são mais seguros, com belas rodas de liga leve, com aro de 18 polegadas de diâmetro na dianteira e 15 na traseira, são mais grossos. Especialmente o traseiro, com medida 130/90, assim como os para-lamas, que são mais envolventes e generosos.
IRMÃ A nova Horizon 150 é a irmã mais nova da Horizon 250, lançada em 2013, com a mesma proposta. Ambas têm tecnologia da marca sul-coreana Daelim, que já chegou a flertar oficialmente com o Brasil no passado e agora volta de forma indireta, em parceria com a Dafra, montada em Manaus. A chegada da Horizon 150, entretanto, provoca a aposentadoria do modelo Kansas 150, que dá lugar à nova família, Horizonte, em português, que, apesar do estilo mais estradeiro, também pretende conquistar a freguesia que roda na cidade.
O motor da Horizon 150 tem um cilindro, equipado com refrigeração a ar e óleo, que gera 12,8cv a 7.000rpm e torque de 1,39kgfm a 5.500rpm, assistido por um câmbio de cinco marchas. Porém, a alimentação ainda é feita através do jurássico carburador. Outro pé no passado é o freio traseiro a tambor, com 130mm de diâmetro, enquanto o freio dianteiro é a disco com 267mm de diâmetro, estilo margarida. Ambos atendem, e, em se tratando do segmento custom, em que a velocidade não é prioridade, a clientela não fica tão contrariada.
CONFORTO Os itens de conforto estão presentes no espaçoso banco em dois níveis a 720mm de altura, que também facilita o embarque e desembarque. Sentado, o piloto tem à disposição pedaleiras bem largas e avançadas que deixam as pernas mais esticadas. O guidão bem mais alto, estilo “chifre de boi”, completa o triângulo imaginário entre banco, pedaleira e guidão, que determina uma ergonomia mais relaxada de pilotagem, típica dos modelos do segmento. O garfo mais aberto da suspensão dianteira aumenta a distância entre-eixos melhorando a tocada nas retas.
Se por um lado as formas são conservadoras, a modernidade está presente no painel, com um só relojão no centro do guidão, equipado com tela digital, além da lanterna traseira em LED. A suspensão dianteira é convencional, não invertida, com 130mm de curso. A traseira tem dois amortecedores com regulagem na pré-carga com apenas 70mm de curso, que promete castigar os rins do piloto. O tanque tem 14 litros e o peso a seco é de 130kg. O modelo tem ainda cavalete central e a possibilidade de incorporar acessórios como o para-brisas, para pegar estrada.