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Dafra Super 100 - Sardinha sem lata

Modelo popular tem boa relação custo/benefício e é equipado com partida elétrica e painel completo. Entretanto, o visual é antiquado, típico das motos dos anos 1970

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Foto:

Motor quatro tempos fica inclinado e fornece 6,2 cv

Pensando no consumidor que deseja ficar livre da ineficiência do transporte coletivo e da sensação de sardinha na lata na hora ir e voltar para o trabalho ou simplesmente circular pela cidade, a marca de motocicletas Dafra lançou o modelo popular Super 100. Uma motocicleta de características urbanas, com tecnologia chinesa. Nesse departamento, a China, com a maior população do planeta, com cerca de 1,3 bilhão de habitantes e enormes centros urbanos, entende como poucos a arte de oferecer modelos de baixa cilindrada e custos igualmente reduzidos.

A Dafra Super 100 é montada em Manaus (AM), com peças importadas, agregando também componentes nacionais, em uma fábrica com cerca de 35 mil metros quadrados, recém-instalada. Surpreendentemente, porém, a Super 100 não é uma motocicleta do tipo pé de boi, sem equipamentos. Pelo contrário. Tem de série partida elétrica, painel completo com hodômetro total e parcial, conta-giros, velocímetro e indicador de marchas engatadas, luzes de advertência, além de chave de contato na mesa do guidão.

Relação
O pacote da Super 100 também inclui o prático câmbio rotativo de quatro marchas, garupeira traseira e descanso central, estabelecendo boa relação custo/benefício, já que é vendida por R$ 2.990 (em Belo Horizonte). A Dafra tem como consumidor alvo aquelas pessoas que querem ficar livre da lotação, mas não dispõem de meios. Entretanto, no mundo industrial não existe mágica. O baixo custo é fruto de um projeto defasado de outras montadoras, que os fabricantes chineses adquirem, como forma de reduzir investimentos e, consequentemente, o preço final.

A garupeira traseira ajuda no transporte de pequenas cargas


Isso justifica o visual antiquado, típico das motocicletas dos anos 1970, que caracteriza a Dafra Super 100: farol redondo, para-lama envolvente e grande lanterna de freio traseiro e banco reto. Porém, muito mais bonito que o lotação apinhado. Também como forma de simplificar a produção, o quadro não usa os tradicionais tubos. É feito a partir de chapas estampadas. De um lado, reduz os custos, mas de outro aumenta a possibilidade de torção em curvas, causando desconforto ao piloto e ao garupa.

Motor
O propulsor também é compatível com a proposta do modelo. Do tipo quatro tempos, com 97,2 cm³, tem um cilindro, disposto quase horizontalmente (inclinado em 80 graus), refrigerado a ar e alimentado por carburador. Com duas válvulas, tem a missão de ser econômico e robusto, fornecendo 6,2 cv a 7.500 rpm e torque de 0,62 kgfm a 5.000 rpm. O desempenho é suficiente para trafegar no trânsito urbano, mas requer paciência nas estradas, já que seu tamanho e proposta não visam esportividade, mas simplicidade nos deslocamentos.

Nesse quesito, uma vantagem. O peso de apenas 85kg (a seco) facilita a pilotagem, tornando as manobras em baixa velocidade, especialmente no trânsito, mais naturais. O câmbio, do tipo rotativo, assim como a pouca altura do banco, a apenas 780 mm do chão, também ajudam na tarefa. O tanque comporta 10 litros, a suspensão dianteira é a clássica telescópica, enquanto a traseira tem duplo amortecedor. Os freios são a tambor nas duas rodas e exigem moderação. Já as rodas são raiadas. A Dafra Super 100 pode ser encontrada na Moto Via, telefone (31) 3555-6000.