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Derbi DH - 2.0 - Magrela morro acima

Novo modelo reúne características de bicicleta e motocicleta, em um conceito inovador, que também incorpora muita tecnologia e aptidão para trilhas radicais

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Foto:

Motor permite subir morros sem esforço. Na pilotagem, funciona como uma extensão do corpo

A marca espanhola de motocicletas Derbi apresentou mundialmente este mês, durante a feira MotOh! em Barcelona, Espanha, um conceito totalmente inédito, que mistura moto e bicicleta. Um modelo híbrido, que tem em seu nome de batismo, DH 2.0, a filosofia do projeto. Desenhada no laboratório de idéias da marca, é uma fusão das bicicletas do tipo Down Hill (DH), feitas para descer morros e trilhas o mais rápido possível, com motocicletas, estabelecendo um outro nível e dimensão, que a montadora chamou de 2.0.

A nova Derbi DH 2.0 foi construída para ser um modelo divertido, extremamente leve e compacto, que funciona como espécie de prolongamento do corpo do piloto, nas descidas em estilo downhill e trilhas mais radicais, e é recheada de tecnologia. O motor é para voltar ao topo do morro rapidamente, sem cansaço e ajuda de ninguém. Uma "bicicleta" que não é movida a feijão, com características de motocicleta.

Construída com matérias leves, pesa menos de 40 kg


Início
Fundada em 1922, em Martorelles, Barcelona, por Simeon Rabasa, a Derbi, então com outro nome, funcionava como oficina de bicicletas. Somente em 1950, as motocicletas entraram em linha de produção, com um modelo de 250 cm³ de cilindrada, inspirado na Jawa 250, e o nome alterado para Derbi, que quer dizer DERivado de BIcicleta. A nova DH 2.0, portanto, resgata a origem e um pouco da história da marca, que completa 86 anos e pertence à italiana Piaggio.

A Derbi tornou-se especialista em modelos de baixa cilindrada, de 50 cm³ a 125 cm³, embora tenha construído um modelo do tipo scrambler, a Mulhacén 659. Também compete no Mundial de Motovelocidade, verdadeira paixão espanhola, na categoria 125 cm³, na qual já faturou 18 títulos, sendo oito de construtores e 10 de pilotos, com suas motos apelidadas de Balas Vermelhas. Misturando a origem, nas bicicletas com as competições, no estilo downhill nasceu o conceito da nova DH 2.0.

Técnica
O quadro da DH 2.0 é feito em alumínio, que também comporta o tanque de combustível de dois litros. O peito de aço, que protege o motor, é em fibra de carbono, assim como o escape, que tem saída por baixo do banco, no estilo das bicicletas. O peso é de apenas 39,95 kg. A suspensão dianteira é invertida, com tubos de 38 mm de diâmetro e curso de 200 mm. A suspensão traseira, tipo cantilever regulável, é mono, com amortecedor a ar e 150 mm de curso.

Os freios são a disco, tipo margarida, com 240 mm na dianteira e 200 mm na traseira. O motor do tipo quatro tempos tem um cilindro, com refrigeração a ar e óleo, e 96,4 cm³ de cilindrada, que fornece 8 cv a 8.500 rpm. O câmbio e embreagem são automáticos. A DH 2.0 tem uma ótima distância livre do solo, de 371 mm e um entre-eixos de apenas 1.296 mm para facilitar as manobras. Também pode ser facilmente desmontada, para ser colocada no porta-malas do carro.