O modelo Monster 796 tem a responsabilidade de ser o primeiro degrau da marca italiana Ducati no Brasil. A moto-considerada de entrada, já está sendo produzida em Manaus em cooperação com a Dafra para abastecer a rede de concessionárias em implantação no país, que é estratégico para a marca. A linha Monster, lançada em 1993, está completando 20 anos com direito até a edição comemorativa. Entretanto, apesar das duas décadas de estrada, permanece atual, além de receber constantes modernizações técnicas. Projetada por Miguel Galluzzi, é um dos maiores sucessos da marca, que agora tem os dois pés no Brasil.
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A Ducati Monster 796 nacional é a irmã do meio em sua linha, entre os modelos 696 e 1100, que, porém, ainda não carimbaram o passaporte para o Brasil. Apresentada em 2010, a Monster 796 conserva o visual e arquitetura de motor da família, com o tradicional formato de dois cilindros a 90 graus, dispostos em “L”, refrigerados a ar, além do inconfundível comando de válvulas desmodrômico, responsável por produzir um polêmico e marcante som, não exatamente harmônico. Apesar da identificação 796, o motor tem 803 cm³ de cilindrada, equipado com injeção eletrônica, que gera 87cv a 8.250rpm e um torque de 8kgfm a 6.250rpm.
PERSONALIDADE A marca Ducati nasceu produzindo rádios e artigos elétricos, com Antonio Cavalieri Ducati e os filhos Bruno, Adriano e Marcello. Estabelecida em Borgo Panigale, próximo a Bologna, Norte da Itália, mudou o foco depois da Segunda Grande Guerra, fabricando motos para suprir a necessidade de transporte do país em reconstrução. Em 1954, o engenheiro Fabio Taglioni projetaria o motor com dois cilindros em “L”, com o comando desmodrômico, que se tornaria uma espécie de marca registrada da montadora e utilizado até hoje. Em 2012, a Ducati é vendida para a alemã Audi, que por sua vez pertence à Volkswagen.
As operações, porém, seguem completa e totalmente distintas, com Minas Gerais inaugurando sua concessionária até outubro. Curiosamente, ao lado do modelo considerado de entrada da marca, a Monster 796, com preço sugerido de R$ 37.900, a marca vai oferecer, na outra ponta, a sofisticada superesportiva, modelo Panigale R, ainda importado, com preço sugerido de R$ 114.900, tornando-se um dos modelos mais caros do mercado nacional. Esse mesmo mercado brasileiro em que a marca espera representar cerca de 7% de suas vendas em cinco anos, tornando-se o quinto mais importante no mundo.
TÉCNICA A Monster 796 tem estilo naked, ou pelada, sem carenagens, o que facilita os deslocamentos urbanos no dia a dia. Entretanto, também encara as estradas, com um conjunto que “pede” curvas de toda ordem. Para tanto, o modelo também conta com outra espécie de marca registrada da Ducati. O quadro em treliça com tubos em aço com motor fazendo parte da estrutura. As rodas são em liga leve com aros de 17 polegadas de diâmetro, que facilitam as mudanças rápidas de direção. A embreagem também proporciona esportividade, com sistema que impede o travamento da roda traseira em reduções de marchas mais radicais.
Os freios seguem a receita: na dianteira dois discos de 320 milímetros de diâmetro com pinças radiais de quatro pistãos; na traseira um disco de 245 milímetros de diâmetro. O conjunto conta com o sistema ABS de série. A suspensão dianteira é invertida, Kayaba, com tubos de 43 milímetros de diâmetro e 120 milímetros de curso. A suspensão traseira regulável é do tipo mono, Sachs, com 148 milímetros de curso, ancorada em monobraço. O peso a seco é de 169kg. O visual tem farol dianteiro arredondado e dividido ao meio. O tanque, com capacidade para 13,5 litros, também é arredondado e os escapes contam com saída alta. O painel é totalmente digital.