A mais nova arma da Yamaha chega para pôr lenha na fogueira do mercado nacional. A novíssima Yamaha XTZ 250 Lander foi desenvolvida especialmente para o Brasil. De uso misto, on-off road, equipada, entre outros itens, com injeção eletrônica de combustível, freio a disco na roda traseira e painel digital com conta-giros. O motivo para viajar para o outro lado do mundo, foi poder "esmerilhar" sem dó nem piedade a moto em pista de asfalto e de terra, sem a preocupação de vazamento do segredo tão bem guardado, que a montadora fez de tudo para preservar, mas, agora, revelado com exclusividade.
Foram dois dias de testes no complexo de Sugo, próximo à cidade de Sendai, ao norte de Tóquio, mantido pela Yamaha. Nesta enorme área, encravada nas montanhas, fica um autódromo, cercado de estradinhas, uma pista de motocross, onde é disputada uma das etapas do mundial, e muitas trilhas. Uma espécie de Disneylândia para quem gosta de motos. No primeiro dia, a avaliação da nova XTZ 250 Lander foi no asfalto, incluindo a pista do autódromo. No segundo dia, a tarefa foi testar a moto na pista de motocross (em um traçado mais manso), e "chafurdar" pelas trilhas do complexo.
Asfalto
O visual da XTZ 250 Lander lembra, de propósito, o design das motos de cross da marca para transmitir idéia e sensação de agressividade e esportividade, com aletas do tanque destacadas e banco avançando pelo tanque. No asfalto, porém, o modelo oferece conforto para o dia-a-dia nas cidades, superando as crateras da vida com suspensões de curso longo, e bom ângulo de viragem do guidão, capaz de passar por cima dos espelhos no engarrafamento. A velocidade final fica próxima dos 130 km/h (no velocímetro), suficiente para também encarar as estradas. Só não dá para abusar demais, em função dos pneus mistos Metzeler/Enduro 80/90-21 na dianteira e 120/80-18 na traseira.
O motor, herdado da irmã YS 250 Fazer, tem um cilindro, refrigeração a ar, com auxílio de radiador de óleo, 249 cm³, pistões forjados (como na R-1 e YZ 450F), além de cilindro com revestimento cerâmico e injeção eletrônica, que fornece 21cv a 7.500rpm. No asfalto, o motor não reclama e está sempre alerta em função da injeção. Com mordomias da partida elétrica (bateria selada), painel eletrônico, com tela de cristal líquido, que inclui hodômetro total e parcial, hodômetro auxiliar que entra automaticamente junto com a reserva de 3,5 litros, para alertar o piloto, nível de gasolina (11 litros), relógio, velocímetro, conta-giros com barras progressivas e luzes de advertência.
Terra
O próprio nome Lander, derivado de "land" (terra), sugere sua vocação. Além do visual, do escape de saída alta, dos pára-lamas altos, do farol com lente em policarbonato que lembra o da XT 660R, e quadro em aço do tipo semi berço duplo, com vão livre de 245mm, a Lander tem suspensão telescópica de 240mm na dianteira e mono com link na traseira de 220mm, com ajuste na pré-carga. A altura do banco, com 875mm, só impressiona na hora de montar. Andando na terra, com pneus originais, a Lander mostrou intimidade. O guidão largo, banco que avança sobre o tanque, pedaleiras serrilhadas e pouca largura facilitam a pilotagem, que fica bastante prazerosa e esportiva.
Os freios, disco simples de 240mm na dianteira e de 203mm na traseira, garantem desaceleração firme e precisa, que transmite segurança até na terra fofa. Assim, o pesado escape (exigências ambientais), pode ser trocado, os pneus substituídos, e a relação de marchas de cinco velocidades alterada, aliviando o peso de 130kg a seco, melhorando também o torque de 2,10kgfm a 6.500rpm. Só não dá para entender a mangueira da freio traseiro vulnerável por baixo da balança. A XTZ 250 Lander chega a partir de outubro, com preço sugerido em Manaus de R$ 10.990.
O jornalista viajou a convite da Yamaha do Brasil
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