Nem só de superesportivas e modelos populares vive o Salão Duas Rodas de São Paulo. A 10ª edição do evento também é palco de uma nova fase em veículos de duas rodas movidos à eletricidade, como provam as motocicletas elétricas da californiana Zero, trazidos para o Brasil pelo grupo Izzo. Estão disponíveis duas versões de uso misto, a trail DS e a supermotard S, e duas “off-road”, X e MX.
A DS e a S compartilham a mesma base mecânica e se diferenciam basicamente pelos pneus, de asfalto na S. Embora a Zero não divulgue dados de
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potência dessas motos, a propulsão elétrica é capaz de leva-las a velocidade máxima de 90 km/h.
A autonomia das baterias de íons de lítio é suficiente para 80 km, com recarga efetuada em cerca de 4 horas. De resto tudo é parecido com uma motocicleta convencional. A começar pela transmissão final por corrente. Mas o câmbio foge ao esquema normal, com apenas uma marcha. Para poupar peso, o quadro de dupla trave é construído em alumínio e pesa apenas 13,1 kg. No total, a Zero S pesa 122,5 kg, sendo que o pack de baterias responde sozinho por 36,3 kg.
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As motos fora-de-estrada são mais leves, apenas 70,7 kg na MX e “mirrados” 68,5 kg na X. Se a potência de 23,3 cv não impressiona, o torque de 6,9 kgfm garante um bom desempenho, principalmente por estar disponível de imediato, em qualquer faixa de rotação. As motos se diferenciam em suas propostas. Enquanto a MX foi criada de olho no supercross e suas pistas repletas de rampas e saltos, a X é voltada para trilhas técnicas, estilo enduro.
A companhia foi fundada por um ex-engenheiro da NASA, Neal Saiki. Pilotar sem emissões tem o seu preço. Por aqui, as motos da Zero custam entre R$ 31 mil e R$ 39 mil. Valores suficientes para adquirir modelos de marcas “premium”, com maior desempenho.