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Honda apresenta a CB 650 F e a CBR 650 F, modelo 2018, que chegam trazendo novidades

Com motor de quatro cilindros mais potente, nova suspensão dianteira, iluminação em LED e novo visual, os modelos pelado e carenado ganharam muito mais esportividade

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Honda apresenta a CB 650 F e a CBR 650 F, modelo 2018, que chegam trazendo novidades
Honda apresenta a CB 650 F e a CBR 650 F, modelo 2018, que chegam trazendo novidades Foto: Honda apresenta a CB 650 F e a CBR 650 F, modelo 2018, que chegam trazendo novidades

A Honda CB 650 F se diferencia pela ausência da carenagem, em seu estilo naked

 

De Curvelo (MG) - Quando a Honda encerrou a produção da CB 600F em 2014, batizada de Hornet, mudou o foco da naked CB 650F para um conjunto mais amigável, com mais torque e menos potência, conservando o icônico motor de quatro cilindros em linha, com 50cm³ a mais. Embora não seja a sucessora, a comparação veio naturalmente, já que o Brasil era o maior consumidor mundial da Hornet. Agora, no modelo 2018, a CB 650F ganha mais esportividade, resgatando parte da agressividade, sem perder a versatilidade, também adotada na CBR 650F, com carenagem esportiva e mesmo conjunto mecânico.

Já a Honda CBR 650 F conta com carenagem para melhorar sua aerodinâmica


As alterações que proporcionaram maior esportividade começam no motor de quatro cilindros em linha, que ganhou melhor respiração, com nova caixa de filtro de ar com dutos mais largos; no mapeamento eletrônico, que foi aperfeiçoado; e no novo escape com fluxo mais livre, que também calibrou o inconfundível som afinado do propulsor trabalhando, acrescentando 1,5cv de potência, totalizando 88,5cv a 11.000rpm, com o mesmo torque de 6,22kgfm a 8.000rpm. Tudo em conjunto com a nova relação de marchas do câmbio, que ficou mais curta entre a segunda e a quinta.

 

 

ENDURECEU O conjunto permite acelerações mais vigorosas em espaço menor. A suspensão dianteira também ganhou novo sistema para a hora de abrir o gás. O garfo dianteiro, embora não invertido como nas superesportivas puro-sangue, tem um sistema de válvulas internas, batizado de Showa Dual Bending Valve, com tubos de 41mm e 120mm de curso, que endurece o funcionamento à medida que vai sendo comprimida, deixando a condução mais precisa e obediente nas mudanças rápidas de direção e entradas de curvas, e confortável em velocidades mais baixas.

O painel todo digital é comum aos dois modelos, não foi alterado, e conta com computador de bordo

A balança da suspensão traseira foi aperfeiçoada, é morregulável na pré-carga, com 128mm de curso


O pacote de mudanças é bem perceptível, deixando os modelos mais fáceis de conduzir em tocadas mais esportivas e agressivas, com consequente maior velocidade. A “pelada” CB 650F também ganhou guidão um pouco mais baixo e avançado, alterando a posição de pilotagem, que deixa o corpo mais inclinado pra frente, mais condizente com as novas características. A balança da suspensão traseira, assimétrica (para acomodar a ponteira do escape), também foi aperfeiçoada, é monorregulável na pré-carga, com 128mm de curso.

A nova suspensão dianteira ficou mais precisa e obediente

 

O motor de quatro cilindros em linha ganhou 1,5cv


As mudanças incluíram novos grafismos e entradas de ar, desenho diferente da carenagem no modelo CBR 650F, e abas do tanque na CB 650F, pinças de freio com duplo pistão para morder os dois discos estilo margarida de 320mm na dianteira e simples na traseira, com 240mm. Os dois modelos ganharam ainda novo bloco óptico, com iluminação em LED, que também está presente na lanterna traseira. O painel digital tem computador de bordo, mas não foi alterado, assim como o quadro de tubos de aço. O preço sugerido da CB 650F é de R$ 33.900, e o da CBR 650F, R$ 35.500.

A iluminação do farol e lanterna traseira é em LED


NO VÁCUO DO PROFESSOR

Téo Mascarenhas viveu a emoção de seguir o "mestre" Alexandre Barros


A apresentação das novas CB 650F e CBR 650F foi no espetacular traçado do Circuito dos Cristais, em Curvelo, com seus 4.400 metros de extensão, 18 curvas e 30 metros de desnível. Já pilotei em diversos autódromos, porém nunca com um instrutor do quilate do piloto Alexandre Barros, vencedor de sete GPs de Motovelocidade, que serviu de guia para puxar meus “cerca” de 80kg, mal distribuídos em menos de 1,70m. Mesmo enrolando o cabo, parecia seguir suave, com linhas perfeitas, e ainda conseguia me vigiar pelo espelho para avaliar minha tocada, enquanto tinha que me virar para seguir o mestre. Nesta “perseguição”, pude constatar a melhoria do conjunto, especialmente da suspensão dianteira e da relação do câmbio, e ainda curtir um lugar no pódio imaginário.