O veículo mais vendido da história da indústria motociclística, o Honda Super Cub C 100 iniciou sua história em 1958, depois que Soichiro Honda e seu diretor financeiro linha dura Takeo Fujisawa fizeram um giro pela Europa buscando inspiração para novos modelos. O resultado, incluindo muitas versões posteriores, foi mais de 100 milhões de unidades vendidas em 160 países diferentes, incluindo o Brasil. Aqui, a Honda montou em Manaus (AM) a C 100 Dream, sucedida em 1998 pela Biz. O Super Cub 125, em sua versão 2022, recebeu atualizações continuando sua saga.
Quando foi lançado nos Estados Unidos na década de 1960, o modelo “viralizou” com a ajuda de um custo de 250 dólares (na época) e uma campanha publicitária (até hoje estudada) com o tema “Você encontra pessoas interessantes em uma Honda”. Este ainda é o lema do Super Cub 125, que manteve o estilo clássico, com o motor de um cilindro disposto de forma horizontal, abrindo espaço para um generoso vão central que facilita o embarque e desembarque. Também conta com um escudo frontal, que protege as pernas (e o vestuário) do condutor.
EVOLUÇÃO O robusto motor com 124cm³ de cilindrada foi reprojetado. Tem duas válvulas, arrefecimento a ar e desenvolve 9,8cv a 7.500rpm e um torque de 1,1kgfm a 6.250rpm. O câmbio permanece com quatro marchas rotativas, acoplado a embreagem centrífuga “automática”, que dispensa o manete, simplificando a pilotagem. A iluminação é em LED. O painel, as suspensões e os bancos também foram modernizados, assim como a chave, que passa a ser de presença. As rodas são em liga leve com aros de 17 polegadas. O freio dianteiro é a disco e o traseiro a tambor.
Curiosamente, o pequeno Monkey não nasceu para encarar as ruas. A história começa em 1961, no parque de diversões Tama Tech de Tóquio, como um brinquedo para crianças. A ideia, porém, atraiu tanto os “não crianças” que o modelo foi parar na linha de montagem em 1963. Do brinquedo, com motor de 50cm³, rodas com aros de 5 polegadas de diâmetro e suspensões zero (os pneus faziam o papel do amortecimento), passou para um quadro mais reforçado, rodas com aros de 8 polegadas de diâmetro e um motor mais potente.
PEQUENA O modelo de reduzidas dimensões, classificado como recreativo, também podia ser transportado no porta-malas dos carros. No Brasil, seu parente próximo, o modelo ST 70 “dobrável”, também frequentou nossos porta-malas. Ao longo do tempo, o Monkey foi sendo modernizado, ganhando motorização mais eficiente e eletrônica. Porém, manteve o DNA e estilo inconfundível. O modelo 2022 segue esta linha. Divertido ao pilotar, fez sucesso na geração “paz e amor” da década de 1970, e continua atraindo a geração que necessita de mobilidade urbana, com descontração.
O motor de um cilindro, disposto na horizontal, com arrefecimento a ar e 125cm³, entrega 9,4cv a 6.750rpm e um torque de 1.1kgfm a 5.500rpm. O câmbio foi mudado e agora tem cinco marchas, contra quatro da versão anterior. Entre as características mais “esportivas” estão a suspensão dianteira invertida com 100mm de curso e o escape de saída alta. As rodas contam com aros de 12 polegadas, calçadas com pneus balão com medidas de 120/80 na dianteira e 130/80 atrás. A iluminação é em LED e os freios a disco nas duas rodas, com sistema ABS.