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Honda EM1 e: moto elétrica vai marcar o começo do fim?

Scooter elétrico para curtos deslocamentos urbanos, com bateria portátil para carregamento externo, inaugura uma série de lançamentos futuros

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Modelo foi lançado inicialmente na Europa
Modelo foi lançado inicialmente na Europa Foto: Modelo foi lançado inicialmente na Europa

Em setembro de 2022, a Honda, maior fabricante de moto do planeta, anunciou que iria produzir mais de 10 modelos globais com motorização elétrica até 2025. O projeto faz parte do objetivo da neutralidade do carbono para toda a linha de motocicletas durante a década de 2040. O primeiro passo foi dado com o lançamento (inicialmente na Europa) de um veículo totalmente urbano para pequenos deslocamentos, batizado de EM1 e.

O significado da sigla EM corresponde a Electric Moped, que em tradução livre seria “Pequena Moto Elétrica”: é uma espécie de scooter. Ela é a primeira dessa série que vem por aí, sinalizando a morte lenta dos motores a combustão interna para as motocicletas da companhia. A pequena Honda EM1 e também visa um público jovem que procura um transporte urbano fácil, divertido e sem emissões.

As normas ambientais cada vez mais severas e as dificuldades de circulação e estacionamento de veículos com motores a combustão, especialmente na Europa, aceleraram o lançamento da moto elétrica Honda EM1 e, apresentada no dia 12 de maio no velho continente.

Honda EM1 e tem bateria portátil

O Honda EM1 e tem o motor embutido na roda traseira. Embaixo do banco (onde seria o porta-malas dos scooters), fica a bateria de íon lítio e um espaço de 3,3 litros de volume para pequenos objetos. A capacidade pode ser aumentada com o bauleto.

A grande sacada é que a bateria pode ser facilmente removida e recarregada em casa, por exemplo. O sistema Honda Mobile Power Pack tem alça para transporte, pesa 10,3 kg e tem ciclo de até 2.500 recargas.

O carregador pesa cerca de 5,3 kg, tem ventilação a ar e indicadores em LED que mostram o nível de carregamento da bateria. O tempo de recarga, partindo do zero, é de cerca de seis horas. Para atingir de 25% a 75% do nível máximo, gastam-se cerca de 160 minutos (2 horas e 40 minutos). A potência nominal da bateria é de 270 Watts, o que gera uma força motriz na roda de 1,7 Kw, que corresponde a cerca de 2,3 cv.

A baixa potência tem suas limitações, porém o torque é imediato e constante. A velocidade máxima é de 45 km/h, e a autonomia, de 41,3 km, ou 48 km no modo Econ (Econômico). A Honda EM1 e tem capacidade de subir rampas de até 10 graus de inclinação com peso de 75 kg. Todos os números indicam, propositadamente, um desempenho estritamente urbano e em pequenos deslocamentos.

Moto elétrica com aluguel de carregador

Moto elétrica Honda EM1 e branca de frente
Quadro tem piso baixo, que facilita o embarque e desembarque

Dentro da filosofia de zero emissões, o fabricante se encarrega do correto descarte e substituição do Honda Mobile Power Pack (bateria), além do carregador, sob regime de aluguel ou assinatura. Se o ciclo de recargas alcançar o limite, não é preciso adquirir outra bateria e um novo carregador: basta entregar um e alugar o outro.

O quadro tem piso baixo, que facilita o embarque e desembarque. A iluminação é em LED (através de outra bateria convencional 12V), com painel digital que informa o nível de carga da outra bateria. No escudo frontal, o Honda EM1 e tem gancho para pendurar sacolas, espaço para uma garrafa de água de 500ml e também uma porta USB.

A roda dianteira tem aro de 12 polegadas de diâmetro, e a traseira, 10 polegadas. Os freios são combinados (CBS): na dianteira, ele é a disco, mas na traseira o sistema é a tambor. A suspensão dianteira é convencional, com garfo telescópico, e a traseira, com duplo amortecedor. A altura do banco é de 740mm, e o peso é de 95kg, incluindo a bateria.