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Honda XRE 300 ganha toque de modernidade

Modelo 2016 tem a opção de freios C-ABS, que atuam mesmo na terra, novos tanque e painel, além de motor com a tecnologia flex

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Honda XRE 300 ganha toque de modernidade
Honda XRE 300 ganha toque de modernidade Foto: Honda XRE 300 ganha toque de modernidade

Os freios podem ser ABS de frenagem combinada

Lançada em 2009, a XRE 300, de utilização mista, cidade e campo, encarou a missão de substituir uma dupla de modelos que tinha acabado de subir no telhado, saindo de linha: a Tornado 250 e a Falcon 400. A solução foi salomônica, na base da média, com uma moto 300cm³, intermediária, para atender a ausência das duas em um só modelo. O mundo deu voltas e a Falcon 400 acabou retornando ao mercado em 2013, para subir outra vez no telhado, logo em seguida. Mas a XRE 300 foi mantida e ainda encarou outra importante baixa.

A CB 300R, com quem dividia o motor, desenvolvido especialmente para as duas, também subiu no telhado e saiu de linha em 2015, para dar lugar à nova CB 250 Twister. Com isso, as dúvidas sobre a sua continuidade aumentaram, para desaparecer com o lançamento do modelo 2016, com modernizações no visual e no motor, para atender às normas ambientais estabelecidas na segunda fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos (Promot 4). São duas versões: a Standard e a Rally, equipada com sistema ABS, de frenagem combinada entre as duas rodas.

O banco de dois níveis proporciona maior conforto no asfalto



FRENAGEM
A XRE 300 também circula na terra, mesmo com cacoetes explícitos do asfalto. O banco, por exemplo, é mais largo e em dois níveis, o que dificulta a movimentação do piloto, exigida na condução em fora de estrada. Por outro lado, os freios ABS combinados permitem sua utilização na terra. O sofisticado e inédito sistema foi desenvolvido para processar mais rapidamente as informações e atuar de forma cirúrgica, sem travar, mesmo no cascalho, na poeira, na areia ou em outras situações de piso irregular e de baixa aderência.

Além disso, o sistema distribui a pressão entre as duas rodas eletronicamente, melhorando muito a performance da frenagem e a segurança. O sistema é tão preciso, que nem tem a opção de desativar, comum aos modelos de dupla utilização. O efeito colateral é que, para tanto, uma central de processamento foi instalada em uma espécie de protuberante marmita do lado esquerdo do modelo, aumentando em 7kg o peso final, que vai para 151kg, contra 144kg da versão Standard. Outro efeito é o preço sugerido: R$ 17.750 com sistema C-ABS e R$ 15.560 para a standard.

ESTILO
O visual do modelo 2016 conserva as marcantes formas, com um segundo para-lama dianteiro “bicudo”, que rendeu polêmica e vários apelidos. A carenagem, porém, foi modernizada e o grafismo, alterado, ganhando também a versão Rally, com desenho exclusivo. O tanque de combustível foi aumentado, passando de 12,4 litros, para 13,8l, além de contar com nova tampa de estilo esportivo. Os comandos do guidão também são novos e agora contam com lampejador de farol. O painel, totalmente digital, ganhou fundo escuro, que garante melhor visualização.

O painel agora tem fundo escuro



O motor é de um cilindro, com 291,6cm³, equipado com refrigeração a ar, injeção eletrônica e tecnologia flex. Com gasolina, a potência é de 25,4cv a 7.500rpm, e o torque, de 2,76kgfm a 6.000rpm. Com etanol, a potência vai para 25,6cv, e o torque, para 2,8kgfm, com os mesmos limites de giros. O freio dianteiro tem disco de 256mm, e o traseiro, de 220mm. A suspensão dianteira é telescópica convencional, não invertida, com 245mm de curso, e a traseira, mono, com 225mm de curso. A versão Standard tem cores branca, vermelho e preto fosco. A versão C-ABS Rally, unicamente vermelho.