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Kasinski Comet 250 - Cometa terrestre

Com porte avantajado e motor de dois cilindros em V, esta moto tem configuração ligeiramente esportiva, acelerando e freando de forma vigorosa, mas é pesada

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O farol redondo lembra as motos dos anos 1970

A marca de motocicletas Kasinski tem o nome do fundador. Filho de imigrantes russos, o industrial Abraham Kazinsky farejou no segmento ótima oportunidade de negócios e fundou a Kasinski em 1997, trocando o y pelo i, para "abrasileirar" a moto. Tudo isso aos 82 anos, depois de vender a multinacional Cofap. Podia se aposentar, mas o espírito empreendedor prevaleceu, e ainda hoje, com mais de 90, toca a empresa e mantém o entusiasmo e confiança no setor.

A Kasinski tem fábrica em Manaus e utiliza tecnologia coreana Hyosung, entre outras. Depois de uma reestruturação administrativa, iniciou a expansão da rede e lançamentos de novos modelos, como as utilitárias Way 125 e Seta 150, além da esportiva GT-R 250. Porém, o modelo Comet 250, uma naked, com motor de dois cilindros em V, e agora denominada Phase 2, ainda é uma das estrelas da companhia. A Comet impressiona pelo porte e disputa o mesmo segmento da Honda Twister 250 e Yamaha Fazer 250, por exemplo.

Porte
O motor de dois cilindros em V, inclinados a 75 graus, refrigerado a ar e óleo, ao contrário das concorrentes, com apenas um cilindro, exigiu quadro mais encorpado. Aliás, o mesmo quadro é utilizado na irmã maior, Comet 650, igualmente com motor de dois cilindros em V, mas motor de 650 cm³, e tecnologia japonesa da Suzuki. A semelhança entre os esqueletos, construídos em vigas de aço laterais, acaba conferindo mais "status" ao modelo, e é um de seus principais atrativos.

O motor, com dois cilindros em V, rende 32,3 cv


O porte maior impõe respeito, mas o motor precisa corresponder. Neste quesito, os dois cilindros em V, alimentados por dois carburadores, fazem a diferença. É a moto 250 mais potente do mercado, com 32,5 cv a 10.000 rpm declarados pela montadora. A Kasinski Comet também faz justiça ao "cometa" do nome. Acelera e retoma de forma vigorosa e prazerosa, com números declarados em ficha técnica consideravelmente superiores aos da concorrência, apesar de a cavalaria, na prática, parecer ligeiramente otimista.

Andando
A ergonomia de pilotagem é um pouco mais esportiva, com o corpo levemente inclinado para a frente e as pedaleiras mais recuadas. Com isso, os ângulos de inclinação nas curvas podem ser mais acentuados, ajudados pelo escape de saída lateral, que fica inclinado para não raspar, e pelas rodas de liga leve, aros de 17 polegadas, com pneus sem câmara 110/70 na dianteira e 150/70 na traseira e suspensão dianteira invertida, com tubos de 41 mm de diâmetro e 120 mm de curso.

A suspensão traseira é do tipo mono, igualmente com 120 mm de curso, e com possibilidade de regulagens. Os freios correspondem ao conjunto. Na dianteira, um grande disco, de 300 mm de diâmetro, com pinça de duplo pistão, e na traseira, um disco de 220 mm. O conjunto transmite segurança. O painel mescla instrumentos analógicos e digitais. O farol redondo tem estilo das motos dos anos 1970. O câmbio é de cinco marchas. Já o peso a seco, de 150 kg, merecia um regime, bem como o preço, que é o mais elevado da categoria. A Comet 250 é vendida em Belo Horizonte por R$ 14,5 mil. Informações: New Motos (31) 3278-4003.