O Campeonato Mundial de Superbikes só permite a participação de modelos produzidos em linha. A preparação das motos para as pistas também segue um rígido regulamento, visando o nivelamento da disputa. Desta forma, as fábricas capricham na produção de suas superesportivas, que se transformam em um poderoso cartão de visitas e instrumento de marketing, já que a moto que vence nas pistas é praticamente a mesma que pode ser comprada nas lojas. Exatamente como a Kawasaki Ninja ZX-10R, que chega ao Brasil a partir da segunda quinzena deste mês.
O modelo conseguiu a façanha de vencer os últimos seis Campeonatos Mundiais de Superbikes, WSBK, de forma consecutiva, o último deles com o piloto britânico Jonathan Rea. Justamente esta moto, com a mesma decoração da equipe Kawasaki de competições (Kawasaki Racing Team), em verde, preto, branco e vermelho, será comercializada com preço sugerido de R$ 99.990. A versão com pintura em preto e detalhes em verde e branco tem preço sugerido de R$ 97.990. No Brasil, a Kawasaki Ninja ZX-10R recebeu um avanço no tempo e chega já como modelo 2022, enquanto lá fora permanece como modelo 2021.
AERODINÂMICA A nova Ninja ZX-10R ganhou asas. Na parte dianteira da carenagem estão integrados dois pequenos aerofólios (Winglets), que funcionam para aumentar a pressão aerodinâmica em altas velocidades e prender a moto no chão. As mudanças aerodinâmicas também estão no para-brisa, que ficou 40mm mais alto, e na tomada de ar para o motor (Ram Air), que agora é menor. A parte de baixo da carenagem também direciona o ar para o novo radiador de óleo do motor. As mudanças alteraram a ergonomia, com guidão 10mm mais para frente e as pedaleiras 5mm para cima.
O motor, com quatro cilindros em linha e 998cm³, entrega 203cv a 13.200rpm, mas pode chegar a 213cv com a ajuda da pressurização do Ram Air. O torque é de 11,7kgfm a 11.400rpm. O propulsor permaneceu o mesmo em relação ao modelo anterior, porém, o conjunto mecânico ficou mais eficiente com o novo acelerador eletrônico e o novo câmbio, com a três primeiras marchas mais curtas para explorar as saídas de curvas com mais vigor, dotado do quick shifter de duas direções. Também incorporou extenso pacote eletrônico, comandado pela central de medição inercial (IMU) da Bosch.
ELETRÔNICA A iluminação é toda em LED e são três mapas de motor, com ajustes na entrega de potência e controle de tração, pré-determinados: esporte, estrada e chuva, para pisos escorregadios. Porém, o piloto tem à sua disposição quatro configurações manuais (Rider 1 a 4), com alterações na forma de entrega de potência e níveis de controle de tração. Por outro lado, se o piloto for encarar uma estrada de forma mais pacata, a nova Ninja ZX-10R incorporou o “turístico” cruise control, ou piloto automático, que mantém a velocidade de cruzeiro selecionada.
O painel ganhou tela em TFT de 4,3 polegadas, com fundo ajustável em branco ou em preto. Mas também pode ter uma tela voltada para as pistas, priorizando o conta-giros e tempos de voltas. O celular pode ser conectado e por meio do aplicativo Rideology, permitindo ao piloto acessar diversas funções e sistemas da moto. As suspensões foram recalibradas com garfo Showa BFF invertido de 43mm na dianteira e sistema nono ajustável na traseira. Os freios contam com sistema ABS e duplo disco de 330mm na dianteira, com pinças Brembo de quatro pistões na traseira e disco de 220mm de diâmetro.