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A primeira Kawasaki Ninja foi lançada em 1984 com o modelo GPZ 900R. De
lá para cá, a família não parou de crescer e evoluir e o sobrenome Ninja
virou uma espécie de símbolo de esportividade. O modelo ZX-10R, já como
2011, apresentado na Alemanha dia 5, no Salão de Colônia, é um exemplo
desta constante evolução. A marca japonesa de Akashi, que adotou o verde
limão como cor oficial de seus modelos, refez completamente a
motocicleta, partindo do zero, durante quase três anos, através de um
grande time de engenheiros, com experiência em provas de motovelocidade,
para tentar desvendar os mistérios de como vencer o tempo.
O
resultado foi bastante agressivo, justificando a participação da
engenharia ligada às competições. A nova Ninja ZX-10R é praticamente um
modelo de pista para vencer o cronometro, com novo motor de 998cm³,
quatro cilindros em linha, que fornece nada menos que 200cv de potência
declarada, sem o uso do sistema de indução de ar (Ram Air), captado pela
tomada no bico da carenagem, que pressuriza a mistura em altas
velocidades e funciona como um turbo, aumentando ainda mais a potência.
Além disso, a nova Ninja ZX-10R tem a versão com sistema de freios
antitravamento ABS, controle de tração e três tipos de mapeamento do
motor, para situações de pilotagem diferentes.
AJUDA
Com um propulsor tão potente, foi necessário adotar sistemas
eletrônicos até então impensáveis para o segmento das superesportivas e
que ajudam na pilotagem. Os freios ganharam uma versão equipada com o
sistema ABS, com peso de apenas 3kg, desenvolvido em conjunto com a
Bosch, batizado com a sigla KIBS, ou Kawasaki Inteligent Anti-Lock
Braking. O sistema de acionamento ultra-preciso, comandado por uma
central, que faz e processa cerca de 200 leituras por segundo, permite
uma condução superesportiva, sem tirar a sensibilidade do piloto, mas
aumentando muito a segurança.
Na dianteira, a nova ZX-10R conta
com dois discos de 310mm de diâmetro e pinças Tokico de quatro pistãos e
acionamento radial. Na traseira, o freio conta com disco único de 220mm
de diâmetro. O novo modelo também se rendeu à eletrônica no motor e
adotou o controle de tração. O sistema, com nome de Sport Kawasaki
Traction Control (S-KTRC), impede que a cavalaria puro sangue saia do
controle nas aceleradas bruscas, especialmente em pisos com baixa
aderência. A ZX-10R, versão 2011, também conta com a novidade da
possibilidade de três ajustes no mapeamento do motor, que vai se
tornando mais comum, graças ao avanço da eletrônica.
SABÃO Cada
marca ajusta as regulagens de mapeamento do motor conforme a
conveniência, assim como empregam nomes próprios para se diferenciarem. A
nova Ninja ZX-10R conta com o modo Full, que libera a potência máxima
do motor; o modo Middle, mais suave; e o modo Low, que só entrega 60% da
potência do motor, especialmente para pisos escorregadios como sabão,
totalmente incompatíveis com potência bruta. Igualmente para melhorar a
dirigibilidade, a ZX-10R versão 2.011 conta, de série, com amortecedor
de direção da marca Ohlins, que deixa o guidão firme e sem oscilações,
mesmo em altas velocidades.
O painel também mudou e agora é
integralmente digital, quebrando uma tradição entre as esportivas de
manter o conta-giros analógico, com direito a ponteiro. Em seu lugar,
uma barra de LEDs em forma de arco. A tela digital informa as demais
funções e funciona como computador de bordo. A suspensão dianteira é do
tipo invertida, com tubos de 43mm de diâmetro. A suspensão traseira é do
tipo mono, com amortecedor quase na horizontal. O escape, composto de
materiais como titânio e aço, tem saída curta e baixa, pelo lado
direito. O peso da moto é de 198kg para a versão sem ABS e 201kg para o
modelo com ABS, que além da eletrônica e dos sensores também requer uma
bateria com maior capacidade.