Tuiuti (SP) - A aventureira XCx 1200 é um legítimo modelo especializado em assuntos diversos. É capaz de rodar nas estradas lisinhas com rapidez e conforto, mas também se dá bem quando o asfalto acaba e começa a terra. Para ignorar fronteiras, incorporou novas suspensões semiativas, freios ABS moduláveis que permitem frenagem em curvas sem alargar a trajetória, gerenciamento de motor, controle de tração, câmbio de seis marchas com relações mais longas, novo escape, bancos e ajustes de quadro, para-brisa com regulagem elétrica, nova aerodinâmica e atualizações no visual. Tudo embalado com o emprego maciço da eletrônica.
As muitas regulagens começam nas suspensões WP. A dianteira é invertida com tubos de 40mm de diâmetro e 190mm de curso, e sistema mono na traseira com 193mm de curso. A dianteira lê o terreno, analisando o tipo de piso, a velocidade, peso, inclinação e aceleração, e envia a uma central, que processa os dados e ajusta a suspensão traseira imediatamente. Além disso, o piloto pode escolher o funcionamento das suspensões no modo road (estrada) e off-road (fora de estrada), selecionando ainda nas funções conforto, normal ou esporte. Cada uma com três níveis de atuação. Todo o ajuste é feito com botões no manicoto do guidão e informados no painel digital.
ANDANDO Quando o asfalto acaba, a porção aventureira justifica o nome Explorer e a diversão começa. Com o modo de pilotagem off-road selecionado, o sistema de freios ABS é desligado na roda traseira, permanecendo de forma quase cirúrgica na roda dianteira. O sistema de controle de tração também é otimizado e a gigante de 253kg de peso e formas volumosas fica mais na mão e obediente. Para aumentar a agilidade, a distância entre-eixos e o ângulo de inclinação do garfo foram ligeiramente reduzidos, e o banco (que também tem regulagem de altura entre 837mm e 857mm) foi adiantado em 20mm, melhorando o encaixe e a posição de pilotagem.
No asfalto, o para-brisa com ajuste elétrico faz diferença, aumentando o conforto. Além disso, o sistema de controle de tração também pode ser regulado nos modos estrada ou chuva, quando as respostas ficam mais suaves e progressivas. Porém, se o piloto quiser pode assumir o controle e o risco, e desligar a parafernália. Outro sistema pra lá de bem-vindo são os freios ABS de curva. Na hora do aperto ou em pilotagem mais esportiva, dá para brecar dentro da curva sem que o coração saia pela boca e a moto vá pela contramão. Na dianteira são dois discos de 305mm de diâmetro e pinças Brembo radiais de quatro pistãos. Na traseira, um disco de 282mm.
MOTOR O motor manteve a tradicional configuração da marca, com três cilindros em linha, 1.215cm³ de cilindrada, equipado com refrigeração líquida e injeção eletrônica, porém, ganhou 2cv e um novo escape com som mais harmonioso, além de uma entrega de potência mais homogênea em todas as rotações. São 139cv a 9.300rpm e um torque de 12,6kgfm a 6.200rpm. Dá para reacelerar antes do fim da curva, aumentando o prazer na pilotagem, embora o aro dianteiro com raios de 19 polegadas de diâmetro limite um pouco a agilidade, já que fica no meio entre as motos fora de estrada com aros 21 e as esportivas com aros 17. Mas garante o divertimento.
A nova aerodinâmica também melhorou o fluxo de ar quente nas pernas do piloto, reduzindo o incômodo. A nova Tiger Explorer XCx também conta com tomada 12V e saída do tipo USB, transmissão por eixo cardã, protetores de cárter, radiador, mão e motor, computador de bordo e piloto automático, além de manoplas aquecidas e setas com LED e desligamento automático, cavalete central e tanque de 20 litros. A marca também oferece inúmeros acessórios e opcionais, como malas em alumínio, além do modelo XR, com menos eletrônica e preço sugerido de R$ 58.500. A Tiger Explorer XCx é vendida nas cores branco ou azul, com preço sugerido de R$ 70.500.
(*) Viajou a convite da Triumph