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Royal Enfield Meteor 350: um meteoro sobre rodas

Com estilo custom/cruiser, modelo chega em três versões: Fireball, Stellar e Supernova, que dividem o mesmo conjunto mecânico

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Royal Enfield Meteor 350: um meteoro sobre rodas
Royal Enfield Meteor 350: um meteoro sobre rodas Foto: Royal Enfield Meteor 350: um meteoro sobre rodas

A versão Fireball tem cores vivas, como amarelo e vermelho

 

A marca indiana de origem inglesa Royal Enfield apresentou a nova linha Meteor 350, composta de três versões. A Fireball, de entrada, com preço sugerido de R$ 17.990, a intermediária Stellar, de R$ 18.490, e a topo de linha Supernova, de R$ 18.990. O frete não incluído tem valor fixo de R$ 1 mil. A marca está expandindo sua presença no Brasil, ampliando sua rede de concessionárias e finalizando o projeto de uma linha de montagem em Manaus, Amazonas, para substituir as importações. A Royal Enfield pretende com as novas Meteor 350 ocupar um espaço ainda pouco explorado no segmento dos modelos custom/cruiser de média e baixa cilindrada.


Para tanto, o desenvolvimento dos modelos Meteor (meteoro) partiu do zero, em colaboração com o centro de pesquisas da marca na Inglaterra, utilizando componentes e fornecedores tradicionais. O conjunto mecânico, quadro, freios e suspensões são comuns às três versões. O que muda entre as versões é o acabamento, as cores, o encosto para o passageiro e o para-brisa. O propulsor também nasceu de uma folha em branco. Com um cilindro disposto verticalmente, tem 349cm³, arrefecimento a ar e óleo, comando simples de válvulas e desenvolve 20,2cv a 6.100rpm e torque de 2,76kgfm a apenas 4.000rpm.

A Supernova tem encosto de banco, para-brisa e requintada pintura de tanque

TORQUE Um motor robusto, com eixo de contrabalanço para reduzir vibrações que privilegia o torque surpreendendo também nas retomadas, apesar do elevado peso do modelo, de 191kg, já abastecida. Porém, esta é uma característica apreciada nos modelos custom/cruiser, o que igualmente permite o câmbio de cinco marchas, economizando as constantes trocas. Basta acelerar em baixa que o motor resmunga, mas vai. Por outro lado, a velocidade final fica prejudicada.

 

A Stellar, além do vermelho e azul brilhante, conta com preto fosco e sissy bar

Contudo, é perfeitamente possível manter ótimo ritmo de cruzeiro nas estradas, com a vantagem de praticamente não ser preciso reduzir a velocidade e as marchas nas elevações. Além disso, o painel (com indicador de marchas e relógio de horas) tem de série uma interessante e útil inovação, tanto para as estradas quanto para as cidades. Um “reloginho” batizado de Tripper, que faz a navegação curva a curva, indicando a distância e até seu ângulo, por meio de um aplicativo de celular exclusivo que usa dados do Google Maps, via Bluetooth.

O motor de um cilindro arrefecido a ar privilegia o torque

O pedal de câmbio pode ser operado com o calcanhar


DIFERENÇAS O visual tem o clássico desenho das custom, com estilo mais retrô, farol e farolete redondos e para-lamas traseiro envolvente, embora misture “modernidades”, como as rodas em liga leve (calçadas com pneus sem câmara, 100/90-19 na dianteira e 140/70-17 na traseira) e aro de LED no farol como luz de presença. Além disso, tem uma palheta de cores, com opções nada discretas, como amarelo e vermelho, com frisos nas rodas na mesma cor na versão Firebal, que tem ainda escape preto e emblema do tanque sem moldura. A Stellar tem pintura vermelha ou azul brilhante, além do clássico preto fosco. O emblema do tanque é cromado, assim como o escape. Tem ainda encosto de banco (em dois níveis a 765mm do solo), com alças para o passageiro. A versão Supernova tem requintada pintura de tanque com duas cores brilhantes entre marrom e preto, e azul e preto, além de rodas diamantadas, encosto de assento (Sissy Bar) e amplo para-brisas.

O encosto no banco proporciona conforto em viagens mais longas


O quadro é em tubos de aço e oferece uma ergonomia de pilotagem levemente custom e estradeira com os pés mais esticados. Uma relação entre posição do banco, pedaleiras e guidão que proporciona conforto também nas cidades. Outra comodidade é o pedal de câmbio que permite aumentar as marchas com o calcanhar, para não estragar o calçado, e o botão de partida giratório. A suspensão traseira tem duplo amortecedor, com mola de duplo estágio, e possibilidade de regulagem na pré-carga. Na dianteira, garfo convencional, não invertido e não regulável, com tubos de 41mm. Um pacote clássico que se dá melhor em superfícies não muito irregulares. Os freios, a disco nas duas rodas, com sistema ABS, têm grande diâmetro para segurar o volumoso conjunto. São 300mm na dianteira, com pinça de dois pistões ByBre (subsidiaria da Brembo), e 270mm na traseira.

As rodas em liga leve são calçadas com pneus sem câmara