Quando a inglesa Triumph lançou a superesportiva Daytona 675 cm³, no início de 2006, para substituir o modelo Daytona 600, sugeriu que estava em cima do muro. Não era nem uma 750, nem tampouco uma 600. Porém, quando o modelo ganhou as ruas, assombrou o mercado. Conseguiu a proeza de reunir o desempenho de uma "sete galo", como são conhecidas as 750 cm³, e a leveza e agilidade das 600 cm³, virando imediatamente uma espécie de objeto do desejo do consumidor.
A estratégia da marca britânica para conseguir solucionar essa difícil equação começa pelo coração. A Triumph adota a interessante arquitetura de três cilindros em linha no motor, em vez dos clássicos quatro em linha, mais largos, das japonesas, ou os dois cilindros em V, da italiana Ducati, por exemplo. Outra vez, uma solução intermediária, que permite um conjunto mais leve e estreito, melhorando também a aerodinâmica, em relação aos quatro cilindros em linha, e mais redondo do que os V-2, sem prejuízo de potência e torque.
O motor tem refrigeração líquida, 675 cm³, injeção eletrônica, duplo comando, quatro válvulas por cilindro e fornece 125 cv a 12.500 rpm e um torque de 7,34 kgfm a 11.500 rpm. Na mudança, o escapamento ganhou saída alta, com a marmita (abafador) debaixo da lanterna traseira. A providência deixou o visual mais limpo, com linhas mais suaves. Na dianteira, a Triumph Daytona 675 ganhou uma frente mais bicuda, com faróis estreitos e assimétricos, separados por uma tomada de ar frontal, que deixou seu estilo semelhante ao das motos japonesas.
Essa tomada de ar pressuriza a mistura em altas velocidades, melhorando o desempenho, que é lembrado no próprio nome, em homenagem à pista de Daytona, nos Estados Unidos, um dos templos do motociclismo mundial. O painel é harmonioso, composto de conta-giros analógico e tela digital, além da luzinha (shift light), que informa a hora ideal de trocar as marchas, e um cronômetro que indica os tempos de volta e armazena até 99 giros.
Ciclística
Além da reforma no coração, a Triumph também cuidou do corpo da moto. O quadro tem estrutura tubular de alumínio, assim como a balança da suspensão traseira, que permite ajuste na altura. A suspensão dianteira é invertida com tubos de 41 mm de diâmetro e 129 mm de curso, enquanto a suspensão traseira é mono, com 130 mm de curso. Ambas da marca Kayaba e plenamente reguláveis. A distância entre-eixos é curta, 1.392 mm, que, aliada ao peso de parcos 165 kg (a seco), confere bastante agilidade em condução esportiva.
Para tanto, também contribuem as rodas aro 17 polegadas, calçadas com pneus 120/70 na dianteira e 180/55 na traseira. O conjunto de freios (Nissin) é igualmente superesportivo, inclusive com mangueiras hidraúlicas revestidas de malha metálica, que aumenta a precisão. Na dianteira, dois discos de 308mm com pinças radiais de quatro pistões. Na traseira, um disco de 220 mm. O tanque comporta 17,4 litros, e o câmbio tem seis marchas. A Triumph Daytona 675 é importada diretamente para o Brasil por R$ 49.900, mais o frete. Informações (31) 3275-2711.