Apresentadas mundialmente em 27 de junho na Inglaterra, as novas Triumph Speed 400 e Scrambler 400 X dividem o motor de um cilindro, a eletrônica e outros componentes. Contudo, o estilo clássico moderno atende a segmentos distintos, motivando diferenciações no quadro, nos freios, escapamento e suspensão. Os modelos inauguram uma nova categoria na marca e também devem desembarcar no Brasil em 2024, embora ainda sem data estabelecida.
A inglesa Triumph, oficialmente instalada em Manaus, Amazonas, curiosamente tem feito um caminho inverso ao usual, apresentando, inicialmente, modelos de maior cilindrada, para só depois apresentar os de menor cilindrada e também mais baratos. Sua linha tem motocicletas com motores de 1200cm³ e 900cm³, para em seguida lançar propulsores de 660cm³ de três cilindros em linha, e agora os inéditos monocilíndricos de 400cm³.
Como é o motor que equipa a Speed e a Scrambler?
O propulsor com cabeçote DOHC de duplo comando tem quatro válvulas, exatos 398,15cm³ e fornece 40cv a 8.000rpm e torque de 3,8kgfm a 6.500rpm. A refrigeração é líquida (com radiador camuflado), entretanto, para compor o estilo clássico moderno dos modelos, simula aletas de dissipação e arrefecimento a ar, como em modelos (inclusive de competição) do passado da marca.
A embreagem é assistida e deslizante, para facilitar a operação com câmbio de seis velocidades. O acelerador é eletrônico e o controle de tração pode ser desligado, com gestão do motor Bosch. A robustez do motor também é caracterizada pelo intervalo de manutenção de 16 mil quilômetros.
Detalhes da Triumph Scrambler 400 X
Quando ainda não existiam as motos específicas para o fora de estrada, os modelos de rua eram adaptados, com guidão maior, para-lamas, suspensão e escape mais altos misturando os estilos. Exatamente como a palavra Scrambler, algo como misturado e também como a nova Triumph Scrambler 400 X.
Ela adota o visual daquela época, com farol e tanque arredondados, além de protetores de punho, peito de aço, escape de ponteira dupla, grade de proteção do farol e pneus para utilização mista. Porém, incorpora tecnologia atual.
O triângulo formado pelo banco (835mm do solo), pedaleiras maiores e guidão mais largo, deixam a ergonomia de pilotagem mais ereta. A roda dianteira, embora em liga leve, tem 19 polegadas de diâmetro. Meio termo entre asfalto e terra.
A suspensão dianteira, sem regulagens, é invertida, com tubos de 43mm de diâmetro e 150mm de curso. São 10mm a mais que o modelo Speed 400. A suspensão traseira monochoque também tem 150mm de curso e ajustes na pré-carga. Os freios com sistema ABS têm disco de 320mm na dianteira, com pinça radial de quatro pistões. Atrás, disco de 230mm. O painel tem tela em LCD e velocímetro analógico. A iluminação é em LED.
As diferenças da Triumph Speed 400
Embora o quadro em tubos de aço de berço duplo seja o mesmo para os dois modelos, a distância entre-eixos da Speed 400 é ligeiramente mais curta do que a da Scrambler em função da angulação da suspensão dianteira, com tubos invertidos de 43mm e 140mm de curso. Na traseira, sistema mono, em balança de alumínio, com 130mm de curso, reservatório de gás externo e regulagem na pré-carga.
As rodas em liga leve tem aros de 17 polegadas calçadas com pneus de estrada. Todos mais apropriados para o asfalto. O banco também é mais baixo, com 790mm do chão, combinado com a posição e menor largura do guidão, que estabelecem uma ergonomia de pilotagem ligeiramente mais esportiva.
A capacidade do tanque, 13 litros, é igual à da Scrambler, entretanto, a Speed, com peso de 170 kg, é nove quilos mais leve que a irmã quase gêmea. Por outro lado, o freio dianteiro com 300mm tem 20mm a menos no diâmetro, conservando a pinça radial de quatro pistões. Na traseira, disco de 230mm. Ambos com ABS. O visual tem escape de ponteira única e espelhos nas pontas do guidão.
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