Os modelos Tiger 1200 foram totalmente modernizados, ganhando motor mais potente, menor peso e mais eletrônica, incluindo suspensões semiativas e até um radar. A centenária marca inglesa Triumph tem no Brasil um dos maiores mercados mundiais dos modelos aventureiros Tiger. Instalada oficialmente no país desde 2012, com fábrica em Manaus, Amazonas, tratou de lançar a radical modernização da linha Tiger 1200, aqui, já como modelo 2022, logo depois de sua apresentação ao mundo no fim de 2021.
Nem as dificuldades logísticas impostas pela pandemia impediram o desembarque dos modelos Triumph Tiger 1200 GT Explorer, Tiger 1200 Rally Pro e Tiger 1200 Rally Explorer. Os três modelos dividem a nova geração do motor de três cilindros em linha com 1.160cm³, batizado de T-Plane.
As vantagens do três cilindros
A arquitetura de motor com três cilindros em linha é uma marca da Triumph. O formato permite um propulsor compacto ante o quatro em linha, embora, tenha características de performance semelhantes. Além disso, não é muito maior que os dois em linha, incorporando também atributos de torque.
Para tanto, a ordem de ignição dos cilindros foi alterada para 1, 3 e 2. O efeito colateral é que o “assobio” do motor (outra marca das Triumph Tiger), ficou mais rouco. Uma bagatela frente aos 9cv a mais e acréscimo de 0,8kgfm de torque em relação ao modelo anterior. O novo motor entrega 150cv a 9.000rpm e torque de 13,3kgfm a 7.000rpm. Uma verdadeira usina “concentrada” para não interferir nas dimensões compactadas exigidas pelo estilo big trail.
Eletrônica inserida na reforma
Como forma de aproveitar a potência e torque para as diversas situações de pilotagem e características de cada um dos três modelos Triumph Tiger 1200, a eletrônica acompanhou a reforma geral. Todos os modelos contam com a unidade de medição inercial (IMU), que controla o grau de intensidade da aplicação dos freios ABS de curvas e o controle de tração de curvas. Entretanto, os mapas de motor são individualizados.
O modelo Triumph Tiger 1200 GT Explorer, mais voltado para asfalto, tem rodas em liga leve com aro de 19 polegadas de diâmetro na dianteira e 18 na traseira, calçadas com pneus Metzeler Tourance e tanque com capacidade de 30 litros. O modelo Tiger 1200 GT Pro, porém, apresentado lá, também deve desembarcar cá em breve para aumentar a linha.
São quatro modos de pilotagem: Rain (com potência reduzida para 100cv), Road, Sport e Off-Road com níveis de controle de tração, potência e freios padronizados. O quinto modo de pilotagem, User, permite variar os níveis de atuação dos sistemas, conforme a preferência do piloto.
Apetrechos para encarar a pauleira com a Triumph Tiger 1200
Os modelos Triumph Tiger 1200 Rally Pro e Rally Explorer (mais off-road), além dos modos de pilotagem Rain, Road, Sport, Off-Road e Rider também contam com o Off-Road Pro. Este, desliga o ABS, controle de tração e ajusta a suspensão para travessuras mais pesadas na terra. Neste ponto, as rodas são raiadas, com aro de 21 polegadas na dianteira e 18 na traseira, calçadas com pneus Metzeler Karoo Street. Conjunto melhor para encarar a pauleira.
As suspensões ignoram as pancadas, com sistema semi-ativo Showa. Ajustam o amortecimento e a pré-carga eletronicamente. Na dianteira, garfo invertido de 49mm de diâmetro e mono atrás em balança de alumínio assimétrica (Tri-Link), 1,5kg mais leve. Ambas com 220mm de curso. A Triumph GT Explorer tem suspensões igualmente semiativas, mas com 200mm de curso.
Há 7 anos, Téo Mascarenhas testou a Triumph Tiger Explorer 1200 ABS para o VRUM. Assista!
Para maior autonomia, a Triumph Rally Explorer conta com tanque de 30 litros, enquanto a Rally Pro tem 20 litros. Além disso, a Rally Explorer tem aquecimento de banco e barras de proteção do tanque. Já a Rally Pro, tem protetor de cárter. Porém, o monitoramento da pressão dos pneus, só para a GT Explorer e Rally Explorer.
Todos os modelos contam com carregador USB (embaixo do banco), piloto automático, cavalete central, manoplas aquecidas, protetores de mão, chave inteligente, iluminação em LED, luzes auxiliares e farol adaptativo, que ilumina dentro da curva quando a moto se inclina. Os freios contam com duplo disco de 320mm na dianteira, com pinças Brembo monobloco radiais. Atrás, disco de 282mm.
Experimentamos as novidades da Triumph Tiger 1200
A primeira tarefa com as Triumph Rally Pro e Explorer é conseguir parar e alcançar o chão com os pés. Para quem tem pernas curtas é um malabarismo, apesar do banco ajustável entre 875mm e 895mm. No quesito altura, a GT Explorer, com roda dianteira e suspensão menores, é mais confortável, com banco entre 850mm e 870mm.
Para compensar, a Triumph conseguiu a proeza de reduzir 25kg (em média) nos modelos, o que facilita muito a pilotagem, além de um banco opcional, 20mm mais baixo. Os modelos também contam com para-brisa ajustável mecanicamente entre 1.436mm e 1.497mm, que protegem bem, além do eixo cardã na transmissão.
Andando, a conversa é outra. A altura some, com suspensões e motor incansáveis (ao contrário do piloto), com destaque para as retomadas, ponto crucial na terra, somado ao aro 21 na dianteira. Um trator, junto com o facilitador quick shift de duas direções. Pilotando em pé (ou sentado), é só pressionar o pedal de marcha, sem se preocupar com a embreagem deslizante. Por outro lado, na estrada a Triumph GT Explorer, com o tancão e a roda menor (19) “deita o cabelo”.
O novo quadro tubular (5,4kg mais leve), com subchassi em alumínio parafusado, permite substituição das pedaleiras para uso intensivo no fora de estrada, ou acoplamento de malas e top case para viagens. No trânsito, o assistente de arrancada em ladeiras (hill hold) quebra o galho, especialmente quando carregada, além de um detector de barbeiragens. Um radar (disponível na Triumph GT Explorer e Rally Explorer), que indica com uma luzinha nos retrovisores a aproximação de carros nos pontos cegos, para salvar sua pele.
Tudo controlado por um painel com tela TFT colorida de sete polegadas que tem diferentes tipos de apresentação e sistema de conectividade My Triumph, que permite espelhamento do smartphone e seus aplicativos.
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