Modelos do tipo scooter viraram mania em alguns países da Ásia, inundando as ruas e avenidas como nuvens de gafanhotos. No resto do mundo não chega a tanto, mas estão se popularizando rapidamente pela praticidade, economia e facilidade de condução, especialmente nos traçados urbanos. No Brasil, a oferta de modelos também segue nessa direção, inclusive, com mistura de estilos, como no Yamaha Neo 115, modelo 2008, que tem o espírito de um scooter, mas cacoetes de motoneta.
O novo Neo 115 também tem sua origem asiática. Desenvolvido para o concorrido mercado tailandês, foi adaptado para o México e para o Brasil, em substituição ao defasado antecessor Crypton. A primeira geração foi um avanço, mas com traços conservadores. A segunda geração do Neo 115 chegou com aperfeiçoamentos técnicos, além de visual ousado e totalmente modernizado, que incluiu características esportivas, clonadas das motos superesportivas da marca.
Visual
O farol grande e único foi substituído por um par, com lentes em policarbonato, equipado com duas lâmpadas (halógena e convencional) e estilo semelhante ao da badalada R-1. As setas dianteiras também integram o farol, harmonizando o conjunto. O modelo tem nova lanterna traseira, com lente transparente e grafismo mais atual, banco ligeiramente mais alto, que foi de 765 mm para 770 mm, e painel, que inclui marcador de combustível.
Na parte técnica, o Yamaha Neo 115 tem novo carburador, com afogador eletrônico para facilitar a partida nos dias mais frios. A suspensão dianteira, com garfo telescópico de 90mm de curso, foi mantida assim como a traseira, com dois amortecedores de 75mm de curso, insuficientes para nossas "atapetadas" ruas e avenidas. Chegam facilmente ao fim de curso, com garupa, provocando desconforto. Em compensação, o motor, as rodas e o câmbio proporcionam ótima rodagem.
Andando
As rodas maiores em liga leve, com aros de 16 polegadas, fazem muita diferença e conferem um certo jeitão de motoneta ao Neo 115, além de transmitir mais segurança ao encarar buracos. A roda maior, entretanto, não foi impedimento para reduzir o prático porta-malas embaixo do banco, com capacidade para 17 litros ou um capacete. A posição de pilotagem melhorou, com aumento do espaço de apoio dos pés, que antes ficavam quase sem lugar.
O câmbio CVT facilita extremamente a pilotagem. Basta acelerar sem se preocupar em trocar as marchas. O motor de um cilindro, 113,7 cm³, refrigeração a ar forçada, fornece 8,4 cv a 8.000 rpm, e torque de 0,78 kgfm a 7.000 rpm, e é ágil arrancadas. Já o freio dianteiro, com enorme disco de 220 mm de diâmetro, é uma espécie de garantia contra abusos ou barbeiragens. O Neo conta ainda com gancho no escudo frontal, partida elétrica e pesa 103 kg. O preço sugerido e de R$ 6.400. Informações na rede.