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Yamaha XTZ 125 2009 - Bisturi e fumaça

Nova linha da marca japonesa, que chega ao mercado no fim deste mês, apresenta visual renovado, além de adequação do motor às novas normas de emissão de poluentes

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A nova XTZ 125X tem rodas de 17 polegadas e pintura preta

Um dos grandes desafios da engenharia das fábricas é conseguir aumentar progressivamente o desempenho dos motores ao longo do tempo, reduzindo peso e emissão de poluentes. Uma equação tão complicada que, às vezes, funciona ao contrário. Para reduzir os níveis de emissão de poluentes e atender a legislação cada vez mais exigente, também é necessário sacrificar potência e torque. Esse foi o caso das novas motocicletas Yamaha XTZ 125, modelos 2009, que estarão nas concessionárias no final deste mês.

O Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot) estabeleceu novas e rigorosas metas a partir do dia 1° de janeiro de 2009, que, para serem atingidas, determinaram mudanças na carburação e no escapamento da nova linha, resultando em alterações na potência e torque. Além das mudanças técnicas, a linha também passou pela primeira modernização visual, desde que foi lançada, em setembro de 2002.

Alteração A linha XTZ 125, que inclui modelos de utilização mista, nasceu como filhote da utilitária YBR 125, empregando-se a mesma base mecânica. A nova linha 2009 também segue essa direção, adotando um carburador semelhante ao usado na nova YBR 125 Factor: um Mikuni BS 25, com acionamento do segundo estágio a vácuo, válvula do solenóide do tipo cut-off e sensor de posição do acelerador. O pacote também incluiu um novo CDI, novo sistema de captação de ar (Air Induction) e escapamento.

O modelo XTZ 125 E, que é equipado com partida elétrica, ganhou novo farol


O novo escape é mais longo e robusto e tem catalisador único. O resultado foi a redução dos índices de emissão e também da potência e do torque. Com a nova configuração, o motor de um cilindro (124,9 cm³), comando simples e duas válvulas rende 10,9 cv a 7.500 rpm, contra os 12,5 cv a 7.500 rpm do antigo, e torque de 1,11 kgfm a 6.000 rpm, contra 1,19 kgfm a 6.500 rpm. Em contrapartida, o torque agora aparece em rotações mais baixas, facilitando a pilotagem urbana, por exemplo, compensando a ligeira redução. Entretanto, fica uma pergunta: Por que a Yamaha, que já tem sistema de injeção eletrônica de combustível nos modelos nacionais 250, insistiu no carburador nas novas 125?

No visual, a primeira plástica da linha XTZ 125 mudou o farol, que mudou o formato de retangular para assimétrico, com nova capa, semelhante à das irmãs maiores Lander 250 e XT 660R, padronizando a frota. O escape também ganhou nova e maior capa de proteção. O grafismo também foi modernizado, com nova padronagem.

Os piscas ganharam formato de gota, semelhantes aos da Lander 250. Já os pneus agora têm um perfil um pouco mais alto. O painel também ganhou uma luz, para informar eventual falha no sistema de alimentação. Todas as mudanças técnicas também foram adotadas no modelo XTZ 125X, tipo supermoto, que utiliza rodas de aro 17, pneus esportivos e pintura preta. O preço sugerido em Manaus é de R$ 7.013 para o modelo K; de R$ 7.817 para o modelo E; de R$ 7.231 para o modelo XK; e de R$ 8.025 para o XE.