A pequena esportiva Yamaha YZF-R15 tem recursos tecnológicos de motos maiores. Além disso, o visual acompanha o requinte técnico e apresenta garbo e elegância de uma verdadeira superesportiva em escala. A R15 estreia um segmento de pequenas e reais esportivas, sem artifícios para sugerir velocidade, como grafismos e carenagens, sem a respectiva eficiência.

Modalidade já difundida em outros mercados, como o europeu, por exemplo, que agora desembarca no Brasil. Um ousado lançamento da marca japonesa, que ainda criou uma Copa R15 (disputada em 2024 em seis etapas), para pilotos entre nove e 15 anos demonstrarem na pista todo talento e também a capacidade do modelo.

A nova Yamaha YZF-R15, ou simplesmente R15, chega aos concessionários a partir de meados de novembro, em três opções de cores: prata fosco (Matt Silver com as rodas em liga leve pintadas de verde), preto metálico (Midnight Black) e o tradicional azul metálico (Racing Blue), tonalidade característica da marca. O preço sugerido, sem frete e outros penduricalhos é de R$ 18.999.

Pacote de equipamentos

O pacote técnico incorpora itens e equipamentos presentes somente em modelos de maior cilindrada, com preços também superiores. Uma estratégia arrojada, que tem como efeito colateral a fidelização de potenciais consumidores. O quadro é do tipo DeltaBox, como nos modelos da série R, como na badalada Yamaha YZF-R1, equipada com motor de quatro cilindros em linha e 1.000cm³.

A balança da suspensão traseira da Yamaha YZF-R15 é em alumínio e a embreagem, assistida e deslizante. O acionamento fica leve e a roda traseira não trava nas reduções de tocadas esportivas. Os pneus são mais largos, com medida de 100/80 na dianteira e 140/70 na traseira, calçados em rodas em liga leve com aros de 17 polegadas.

O painel digital tem indicador de marcha do câmbio de seis velocidades e shift ligh: uma luzinha que acende alertando o momento certo de trocar as marchas. O shift light pode ser regulado nas rotações desejadas, tanto para condução esportiva quanto para tocada econômica no dia a dia, com ajuda do computador de bordo, que indica o consumo instantâneo e médio.

Destaque para o comando de válvulas

O fôlego do motor de um cilindro e apenas 155cm³ é fruto de uma série de truques da engenharia, como uma boa respiração, por meio da grande caixa do filtro de ar com 5,5 litros de volume, refrigeração líquida e injeção eletrônica. O cilindro é revestido de Diasil: Die cast Aluminum silicon, um componente obtido com a fundição do alumínio com silício que reduz o atrito e o calor.

O grande destaque do motor da Yamaha YZF-R15, porém, é o comando de válvulas variável VVA (Variable Valve Actuation). Controlado eletronicamente, determina o tempo de abertura das quatro válvulas, distribuindo melhor o torque e a potência. O resultado são 18,8cv a 10.000rpm e torque de 1,5kgfm a 8.500rpm.

A potência aparece em altas rotações, compensada pelo comando variável que possibilita mais torque em baixos giros. Exatamente para retomadas exigidas no trânsito diário. Com apenas 155cm³, o pequeno motor fala alto na hora de enrolar o cabo e não precisa esgoelar para sair do lugar.

Visual inspirado nas irmãs maiores

A carenagem desenvolvida em túnel de vento tem traços das irmãs maiores da série R e também da YZR-M1 do Mundial de MotoGP. Especialmente a tomada de ar frontal em forma de M, que leva o fluxo “pressurizado”, justamente para a grande caixa do filtro de ar. O duplo farol é em LED com luz de posição e lampejador, e a rabeta esbelta, também com iluminação em LED.

O banco da Yamaha YZF-R15 é dividido em dois níveis e bipartido. O tanque com capacidade de 11 litros também lembra o foguete YZR-M1, com aberturas superiores como guelras e tampa estilo aviação. Os espelhos estão fixados na carenagem, próximos ao para-brisa, completando o conjunto aerodinâmico.

A suspensão dianteira tem 130mm de curso. Entretanto, os tubos são robustos, com 41mm de diâmetro, mesma medida da Fazer FZ 25, com 250cm³. Na traseira, o sistema mono com 97mm de curso na roda tem amortecedor fixado com links que multiplicam os movimentos. O freio dianteiro tem disco superdimensionado com 282mm de diâmetro e pinça de duplo pistão. Na traseira, disco de 220mm. Ambos com sistema ABS.

No comando de um puro sangue

Antes de se instalar na Yamaha YZF-R15, a sensação é de estar diante um puro sangue. A visão do tanque, semelhante ao de pista e bolha inclinada, insinuam velocidade. A posição de pilotagem, com semi-guidãos, pedaleiras em alumínio e banco a 815mm do chão, deixam a formação agressiva, sem ser torturante para o dia a dia.

Outra boa sensação é a notável entrega, justificando o que o visual atrevido promete. Não tem os cerca de 200cv das superesportivas de 1.000cm³. Contudo, é aí que está precisamente a graça. Dá para espremer (quase) os ótimos 18,8cv do motor de meros 155cm³ e se divertir muito. Outra boa surpresa são os pneus indianos MRF. Conferem espantosa aderência, produzindo mais adrenalina.

A versão de pista (para acelerar de forma correta) tem semi-guidão mais baixo, largo e ajustável, pedaleiras mais altas e recuadas, farol, setas, espelhos, suporte de placa e descanso removidos. Painel e partida são mantidos. O manete de freio tem proteção, e a carenagem mais leve, em fibra. Os pneus são os SuperCorsa de competição, assim como o escape, que somam 2cv. As motos são iguais e sorteadas entre os pilotos selecionados.

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