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Negócios

Nissan terá de gastar R$ 21 bilhões antes de ser comprada pela Honda

Fusão entre fabricantes japonesas pode ter Renault como principal impeditivo

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Nissan Versa SR 2025
Nissan Versa SR 2025 Foto: Nissan/Divulgação

A Honda segue seu planejamento para adquirir a Nissan. Inicialmente revelado em dezembro do ano passado, o processo só deverá ser concluído em 2026, caso tudo dê certo. O principal problema para a Honda é que a Nissan não tem total controle de suas ações, sendo 35,7% de propriedade da Renault.

A Honda teme que a Renault crie obstáculos para vender sua participação na Nissan, ou que essa participação francesa seja adquirida por alguma outra empresa, já que a Foxconn é uma das interessadas em adquirir a Nissan.

Além disso, a Renault não tem interesse em fazer parte da nova aliança entre Honda e Nissan, e já afirmou que considera todas as opções possíveis para vender sua parte da Nissan sem prejuízos. Da mesma forma, a Honda não possui planos de qualquer tipo de parceria com os franceses.

Segundo a Bloomberg, a Honda acredita que a Nissan deveria recomprar os 35,7% de participação da Renault para que não haja problemas na fusão entre as empresas. Um dos impeditivos desse movimento é que o valor estimado para recompra dessas ações é de 3,6 bilhões de dólares (R$ 21 bi).

CEOs de Nissan e Honda lado a lado em palco com fundo branco e logo das duas marcas.
Nissan e Honda já possuem parceria para desenvolver carro elétrico no futuro Foto: Nissan/Divulgação


O problema é que a Nissan passa por uma grave crise financeira e teve que reduzir os planos de investimentos para os próximos anos, bem como vender parte das ações que possui na Mitsubishi e os próprios executivos abriram mão de parte da remuneração.

A fusão com a Honda é vista pela Nissan como uma forma de se salvar, bem como se manter competitiva no mercado global, especialmente com o aumento do interesse em carros elétricos e híbridos.

Segundo o planejamento divulgado pelas próprias empresas, até junho de 2025 a questão das ações da Nissan deve ser solucionado. Caso não aconteça, isso pode atrasar os planos para a fusão.