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Paixão faz mecânico se tornar 'doutor' do Volkswagen Fusca

Entusiasta do modelo montou oficina especializada após precisar consertar o próprio veículo

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Oficina
Oficina "Garagem de Fusca" tem clientela de entusiastas e trabalha de portas fechadas Foto: Oficina "Garagem de Fusca" tem clientela de entusiastas e trabalha de portas fechadas

Wesley Barbosa Nunes é conhecido como "o doutor dos Fuscas". A oficina Garagem de Fusca nasceu depois de Wesley ter se apaixonado por um exemplar do modelo, que acabou sendo o primeiro carro dele. “Era um 1.300 marrom Savana, ano 1976; ele estava semiabandonado em uma rua, com um papel escrito 'vendo', a caneta, colado na porta. Foi amor à primeira vista,” relembra.

O Fusca precisava de muitos reparos, e nenhuma oficina queria fazê-los. O dono, então, tomou uma decisão: aprender mecânica para consertar o próprio carro. Diante de tantos desafios, Wesley batizou o veículo de Guerreiro. “Consegui um manual de mecânica de Fusca, me dediquei e arrumei o Guerreiro.

Wesley Barbosa Nunes, entusiasta do Fusca e dono de oficina especializada no modelo
Wesley Barbosa Nunes aprendeu sobre a mecânica do Fusca para consertar o próprio carro

O trabalho foi crescendo e começou a chamar a atenção dos amigos e também de outras pessoas. Assim, a oficina Garagem do Fusca acabou ganhando fama. Atualmente, Wesley tem clientes nos municípios de Conselheiro Lafaiete, Ouro Preto, Mariana, Ouro Branco, Congonhas, Carandaí, Barbacena e Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Segundo o mecânico, a clientela é variada e tem de 18 anos a muitos anos de idade. Todos são entusiastas e apaixonados, que sempre têm histórias e aventuras com o Fusca. “Ganhei até a responsabilidade de ser 'pai' dos carros deles,” afirma.

Doutor de Fusca atende diversos 'pacientes'

Motor do Fusca do mecânico Wesley Barbosa Nunes
Motor traseiro com refrigeração a ar é marca registrada do Volkswagen Fusca

Minucioso, Wesley tem todos os 'prontuários médicos' dos veículos atendidos. “Trabalho de portão fechado, somente com agendamento, devido à grande demanda. A maioria dos clientes vem por indicação, se torna amigo e não larga mais de ser fusqueiro”, revela Wesley.

O próprio Wesley se inclui entre os entusiastas do modelo. Depois do 1.300 ano 1976, ele teve outros quatro exemplares do Fusca, cada qual com histórias distintas. E nunca abriu mão do Guerreiro, que, por sua vez, permanece firme e passa por uma reforma no momento.