Duas marcas do Grupo Chery vão chegar ao Brasil em 2024: Jaecoo e Omoda. No entanto, a Chery vai lançar essas marcas fora da parceria com a Caoa, união que originou a marca Caoa Chery. Essa chegada dos chineses não está sendo bem aceita pelo lado brasileiro da sociedade, o que terá algumas consequências.
O primeiro "pepino" da chegada da Jaecoo e Omoda ao Brasil é quanto à fabricação nacional. A ideia do Grupo Chery é produzir carros por aqui. Porém, com o mal-estar estabelecido junto à Caoa, essa operação fica mais complicada, mesmo com a fábrica de Jacareí (SP) parada desde meados do ano passado. Pela sociedade, essa planta pertence aos dois lados, com 50% para cada.
A partir dessa situação, se os lados não chegarem a um consenso, a saída será a construção de uma fábrica, informação do Mr. Shawn, que é presidente global das marcas Jaecoo e Omoda. De acordo com o Mr. Zhang, presidente global do Grupo Chery, essa planta terá potencial para exportar veículos para os países da região.
Jaecoo e Omoda: o perfil de cada marca
As marcas Jaecoo e Omoda foram criadas pelo Grupo Chery justamente para atuar em outros países. No Brasil, as marcas chinesas dividirão as concessionárias, que terão um layout para cada uma. De acordo com a Chery, na estreia, em 2024, serão 40 concessionárias espalhadas pelo Brasil. Naturalmente, as negociações com concessionários brasileiros já estão em curso.
A Omoda será a primeira marca a chegar, em 2024, com o SUV C5 equipado com motor a combustão interna, modelo que chegou a ser testado pela Caoa Chery no Brasil, e, pelo preço, deve competir entre os compactos. Porém, a marca ainda estuda trazer o E5, versão elétrica desse SUV, na casa dos R$ 200 mil, rivalizando com os médios. Já a Jaecoo chega como uma marca um pouco mais sofisticada, ainda em 2024, com o modelo J7, um SUV híbrido, já que a marca poderá ter apenas modelos eletrificados (a confirmar).
Segundo a Quatro Rodas, que esteve com os executivos do Grupo Chery na China, a expectativa é que a Jaecoo e a Omoda juntas fiquem à frente da Caoa Chery no Brasil. Frente às duas concorrentes chinesas que prometem tomar de assalto o mercado automotivo brasileiro - GWM e BYD - as novas marcas da Chery se diferenciam por ter em sua gama modelos a combustão internas, com possibilidade de serem, inclusive, flex.
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