Quem foi garoto nos idos dos anos 1990 vai lembrar do jogo F-Zero, do Super Nintendo. É que já está em teste um sistema para recarregar as baterias dos carros elétricos sem o uso de fio. Basta rodar pelas ruas que a autonomia do carro vai aumentando, como acontecia em determinados pontos da pista de corrida em que as naves flutuavam próximo ao solo.

Pois, mais de 30 anos depois, isso começa a se tornar realidade. No lugar das pistas, uma rua comum. No lugar das naves, carros elétricos. E a corrida aqui é mais para tornar o uso desses veículos mais prático, talvez, um dia, dispensando a necessidade de ter uma estrutura de recarga em casa.

Pois esse projeto piloto está sendo executado em Detroit, no Michigan, a Motor City dos Estados Unidos. A extensão do sistema de recarga sem fio para carros elétricos ainda é bem modesta. São 400 metros ao longo da 14th Street, onde a tecnologia será testada e aperfeiçoada para depois ser implementada ao público em geral.

Recarga sem fio também vale para carros elétricos estacionados

Novos trechos da pista de recarga sem fio para carros elétricos serão inaugurados em 2024 em Detroit. No entanto, não são todos os veículos que estão preparados para essa forma de recarga, mais ou menos como aconteceu com os smartphones, que aos poucos foram recebendo tecnologia semelhante. Como o projeto vem sendo desenvolvido junto à Electreon, os veículos precisam estar adaptados com os receptores da empresa.

Um ponto interessante é que a tecnologia para recarga de carros elétricos sem fio também funciona com os veículos estacionados. Assim, foram instalados dois carregadores estáticos em frente à Estação Central de Michigan. Para economizar energia, a tecnologia para a recarga de carros elétricos em movimento só entra em funcionamento quando os veículos equipados com os receptores da Alectreon estão por perto.

O sistema de carregamento sem fio de carros elétricos funciona com a instalação de bobinas de cobre sob as vias, com a recarga sendo feita a partir de um campo magnético. Um das mudanças que esse sistema poderia gerar é a adoção de baterias menores e mais leves.

 

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