Um novo bafômetro desenvolvido no Brasil pode aumentar a segurança nas nossas estradas. O medidor portátil, que tem o tamanho da palma de uma mão, pode ser acoplado a um veículo e bloquear a ignição, caso seja constatado o consumo de álcool pelo motorista.
As empresas responsáveis pela tecnologia são a startup SIGHIR, do Rio de Janeiro, e o Instituto Federal Fluminense (IFF), apoiado pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Quais são os benefícios do novo bafômetro brasileiro?
O novo bafômetro, além de fácil de transportar é, praticamente, à prova de fraude. Segundo o pesquisador e professor do Instituto Federal Fluminense, Robson Santos, o sistema é conectado à ignição e pode ser interligado a diversos serviços de telemetria, o que inibe a possibilidade de burlar o teste.
“Fizemos alguns ajustes para evitar fraudes. O bafômetro apita durante o trajeto porque, se o motorista pediu para outra pessoa realizar o teste no ponto de parada, ele será obrigado a refazer durante a viagem. Também fizemos um botão de adiar, para caso haja falta de segurança no local em que foi solicitado o teste”, afirma.
Tecnologia é mais barata que as estrangeiras
Segundo Ricardo Tostes, CEO da startup e dono de transportadoras, um grande benefício desta tecnologia é seu preço.
Enquanto o custo de um exemplar similar de origem alemã é de, aproximadamente, R$ 15 mil, o preço do bafômetro portátil nacional girará em torno de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil.
Além disso, o CEO afirma que o sistema não demanda recursos específicos. Segundo ele, o sistema desenvolvido "usa qualquer canudo descartável para assoprar" sendo mais eficiente que o alemão, que demanda "um canudo próprio, que só pode ser comprado da empresa desenvolvedora”, afirma.
Quando e para quais veículos estará disponível?
Tostes afirma que a venda do bafômetro portátil será feita, primeiramente, no mercado de reposição, mas as empresas seguem abertas a parcerias com montadoras para que o recurso se torne um item de série.
Além disso, apesar de ter sido pensado inicialmente para caminhões, Tostes comenta que há planos de começar a testar em veículos leves, comerciais e automóveis.
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