Os envolvimentos da Toyota em fraudes não param. Em poucos meses, dois esquemas já haviam sido trazidos a público e, agora, mais um foi divulgado. O Ministério dos Transportes do Japão poderá aplicar penalidades à montadora, que vendeu motores a diesel que escondem suas reais emissões de carbono.
Em janeiro último, a marca já havia suspendido as vendas de 10 modelos por problemas nas certificações dos motores a diesel. Pouco antes, em 2023, a marca fraudou testes de segurança do modelo Yaris. Devido às mentiras sobre emissões, o ministério pode revogar as certificações dos motores que equipam o Land Cruiser 300, o Hiace - não são vendidos por aqui - e até empilhadeiras.
O que vai acontecer com a Toyota?
De acordo com relatório da Asia Nikkei, é esperado que o Ministério dos Transportes do Japão ordene que a Toyota Industries, responsável pela fabricação de motores , baterias e outros equipamentos industriais, tome medidas para evitar que as fraudes sejam recorrentes.
Tais medidas também seriam estendidas a outras marcas da Toyota, como a Daihatsu Motor e Hino Motors.
As ações serão tomadas após a Toyota Industries ter admitido, em janeiro, que havia “se envolvido em má conduta que incluiu a adulteração de dados de testes de desempenho para vários modelos de motores de automóveis e empilhadeiras”.
A partir deste momento, o ministério concluiu que a fraude foi flagrante e prepara as penalidades, que ainda são desconhecidas. No momento, o órgão regulamentador japonês está focado nos problemas relacionadas aos motores de empilhadeiras.
A Toyota diz ter descoberto a adulteração após suspeitas justamente em relação às suas empilhadeiras, o que acabou levando a montadora a realizar alguns testes dos motores a diesel. No total, cerca de 84 mil veículos com motores suspeitos foram vendidos desde 2020.
O que a Toyota pode fazer para reverter a situação?
A Toyota pretende reformular sua gestão e fornecer acesso imediato ao governo do Japão para confirmar seus novos protocolos de testes. Quaisquer motores que o órgão regulamentador retirar o certificado terão que passar por outras verificações antes que os propulsores possam ser fabricados e vendidos novamente.
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