O BYD Dolphin Mini enfim chegou ao mercado brasileiro, com a promessa de ser um carro elétrico acessível. E o consumidor local o recebeu bem: durante o lançamento, a marca chinesa anunciou que já comercializou 6.170 unidades do modelo desde o último domingo (25), quando começou a pré-venda. Até dezembro, a empresa pretende emplacar 30 mil exemplares.
O início de carreira é promissor, mas o caso é que o BYD Dolphin Mini tem alguns pontos fracos, que podem acabar fazendo a diferença para determinados compradores. Isso, sem falar nos problemas com peças de reposição que têm afetado outros modelos da marca. O VRUM enumerou todos eles, para que os interessados evitem ter surpresas desagradáveis no futuro. Confira o listão!
1- Preço do BYD Dolphin Mini é mais alto que o esperado
Antes mesmo de ser lançado, Dolphin Mini já causava repercussão: isso, porque a própria BYD criou grandes expectativas sobre os preços do modelo. Esperava-se que o valor de compra ficaria abaixo dos R$100 mil, sendo que alguns sites chegaram a especular algo na casa de R$ 90 mil.
Porém, não foi isso o que aconteceu. O modelo chegou por R$115.800, valor que está na média para um carro elétrico compacto. Para efeito de comparação, um Renault Kwid E-Tech, que é o mas barato dessa categoria, custa, atualmente, R$99.990. Já o Caoa Chery iCar sai por R$119.990, enquanto o JAC E-JS1 tem preço de R$126.900.
2- Lista de equipamentos não inclui limpador traseiro
A lista de equipamentos do BYD Dolphin Mini é, no mínimo, estranha. Isso, porque ela inclui luxos dignos de veículos mais sofisticados como carregador de celular por indução e banco do motorista elétrico. Porém, deixa de fora itens que, hoje, são banais no mercado, como banco traseiro bipartido e, pasme, até limpador do vidro vigia.
3- BYD Dolphin Mini não tem estepe
A abolição do estepe não é novidade em mercados como o europeu e o japonês. Em vez da roda reserva, alguns veículos adotam um kit de reparo, composto por compressor de ar e material aderente. Tal dispositivo funciona bem nesses países, onde os danos resumem-se, basicamente, a furos provocados por pregos ou por algum outro objeto perfurante.
Entretanto, o kit de reparo de nada serve se o pneu for rasgado em um impacto contra um buraco, por exemplo. E, infelizmente, esse tipo de situação é extremamente comum no Brasil. Não por acaso, alguns fabricantes que haviam abolido o estepe no passado, como a BMW, voltaram atrás e passaram a oferecê-lo novamente apenas no Brasil e em outros países com vias igualmente precárias.
4- Pneus do carro elétrico poderão ter reposição difícil
A questão da falta de estepe torna-se ainda mais complicada quando associada a outro fator: as medidas extremamente particulares dos pneus do BYD Dolphin Mini. O modelo é o único do mercado brasileiro a adotar componentes 175/55 R16. Consequentemente, há apenas uma fornecedora, que é a também chinesa LingLong.
Assim, se algum dos pneus "estourar" em um buraco, o proprietário, além de ter que chamar um reboque para guinchar o carro elétrico, ainda poderá ter que deixá-lo encostado por alguns dias, caso não existam componentes no estoque da concessionária mais próxima. Mesmo se nenhum incidente ocorrer, a falta de alternativas pode dificultar (e encarecer) até mesmo a troca por desgaste natural.
5- Porta-malas pequeno e só quatro pessoas a bordo
É verdade que o BYD Dolphin Mini tem dimensões compactas. Porém, não a ponto de justificar a limitação a quatro ocupantes a bordo e o porta-malas de apenas 230 litros. Duvida? Pois veja bem: o modelo tem 3,73m de comprimento e 2,5m de distância entre eixos.
Tais medidas tornam o caro elétrico chinês bem maior que modelos nacionais como o Fiat Mobi, que tem 3,57m de comprimento e 2,31m de entre-eixos, ou o Renault Kwid, que tem 3,68m e 2,42m, respectivamente. Ambos os subcompactos acomodam três ocupantes e têm porta-malas mais generosos: são 235 litros no primeiro e 290 litros no segundo. Ao menos a BYD promete lançar uma versão de cinco lugares do Dolphin Mini ainda neste ano.
- Acompanhe o VRUM também no YouTube e no Dailymotion!