Até hoje, o momento correto para fazer a troca de óleo obedecia a duas regras básicas: ou se trocava quando o veículo atingisse certa quilometragem ou pelo intervalo de tempo desde a última manutenção, o que ocorrer primeiro.
Mas, essa regra pode ter caído por terra. Plo menos é isso que aponta um estudo do laboratório norte-americano Blackstone, que afirma que o tempo de vida do óleo não deveria ser o único critério para determinar a hora certa da troca.
Com base em que a empresa afirma isso?
Ao testarem lubrificantes com vários anos de fabricação e óleos que ficaram esquecidos nos motores, mesmo com quilometragem abaixo do limite recomendado, o laboratório descobriu que os fluidos mantiveram suas propriedades operacionais, desafiando as recomendações dos fabricantes e das montadoras.
Portanto, a troca de óleo baseada no tempo é um mito? A verdade é que, os resultados dos testes sugerem que a quilometragem é, de fato, o principal indicador para determinar o momento da troca.
Isso significa que, segundo a pesquisa, um carro que ultrapassou o prazo de troca ainda pode rodar, sem grandes problemas, os quilômetros restantes, desde que as propriedades do óleo tenham se mantido.
Apesar disso, o laboratório afirma que não é recomendável determinar a troca apenas com base na quilometragem. Isso se encaixa - principalmente - a veículos utilizados para rebocar grandes cargas ou que operam em marcha lenta, como caminhões betoneiras.
Neste caso, os veículos de grande porte devem seguir o critério que vier primeiro, seja quilometragem ou tempo previstos para manutenção.
Essa abordagem faz sentido quando consideramos que diferentes tipos de veículos têm demandas específicas. Por exemplo, enquanto uma carreta transporta cargas em baixa velocidade, exigindo rotações elevadas para entregar torque, um veículo que precisa manter o motor em funcionamento, mesmo parado, continua a circular o fluido pelo motor, mesmo sem rodar um quilômetro sequer.
Concluindo, esticar demais a troca de óleo pode resultar em desgaste prematuro das peças do motor, enquanto ignorar o cronograma de manutenção pode anular a garantia do veículo. Portanto, é essencial encontrar um equilíbrio entre seguir as recomendações dos fabricantes e adaptar a manutenção às necessidades específicas de cada veículo.
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