Dois sócios, donos de uma loja especializada em veículos Volkswagen e Porsche com motor refrigerado a ar, localizada em São Paulo (SP), tiraram a sorte grande.
Em parceria com o colaborador Eduardo Ferrarini, Alexandre Vicentini e André Takeda encontraram uma Volkswagen Brasília LS 1979, na tonalidade bege Ipanema, praticamente zero quilômetros.
O clássico, que passou os últimos 41 anos guardado em um celeiro de Colombo, município da Região Metropolitana de Curitiba (PR), tem apenas 749 quilômetros registrados no hodômetro.
Além disso, o modelo ainda conta com plástico nos bancos traseiros, placa amarela, adesivos originais de fábrica, manual e nota fiscal no valor de 98.120,54 cruzeiros (o equivalente a R$ 3,6 mil).
Quanto aos componentes, a VW Brasília 1979 também mantém o estepe intocado, os tapetes e a bateria originais, extintor de incêndio e acessórios como antena, ainda na embalagem, macaco e chave de roda.
Segundo os novos donos, o carro adquirido pertencia a uma senhora, que faleceu há cerca de três anos e que dirigia o veículo apenas aos domingos, para ir à igreja e ao mercado.
Conheça a história do VW Brasília relíquia
De acordo com os herdeiros, a antiga dona ganhou a VW Brasília de presente do marido, em abril de 1979. O modelo foi comprado novo, na concessionária Pavema Veículos, e só foi "trancafiado" no celeiro devido à morte do antigo comprador, poucos após a compra.
"Depois de perder o marido, ela deixou o carro como estava nesse celeiro e nunca mais deixou ninguém dirigir nem entrar nele. Nos primeiros anos, só ligava o motor de tempos em tempos, para manter a carga na bateria, mas, depois, a Brasília ficou intocada até a dona morrer”, conta Vicentini.
Segundo os colecionadores, a intenção inicial é mantê-lo na coleção particular da respectiva empresa, sem ao menos limpar a sujeira acumulada nas mais de quatro décadas parado.
"Nem vamos limpar o carro. A ideia é deixá-la como está, ainda com medalha e uma estatueta da Virgem Maria no painel. A proprietária era muito religiosa e devota da Santa", relata o novo dono. A única alteração será feita na placa de identificação da Brasília LS, que passará da amarela para a Mercosul.
Quanto ao valor desembolsado pela relíquia, Alexandre Vicentini afirma que, ele e o sócio não pagaram "muito menos" do que a pedida inicial dos herdeiros, que chegou aos R$ 80 mil.
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