A Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um novo sistema capaz de reduzir o impacto das chuvas nas grandes cidades. Identificado como asfalto permeável, o recurso absorve parte da água da chuva e diminui assim o risco de enchentes.
O sistema traz, além de camadas do asfalto poroso, tubos perfurados que permitem a água infiltrar pelas camadas do solo, chegar a dutos e ser direcionada para um local de captação apropriado. Assim, a chuva não acumulará na pista, reduzindo riscos de acidentes e tragédias.
Como funciona o asfalto permeável?
Segundo o Portal do Trânsito, o asfalto com capacidade de absorção de água tem uma composição parecida com a do convencional, sendo também um derivado do petróleo.
Porém, o diferencial desta tecnologia é o fato do asfalto permeável ter espaços vazios em sua estrutura, que permitem a passagem da água da chuva, reduzindo o acúmulo superficial. Mas, a verdade é que os benefícios do novo asfalto vão muito além da redução das inundações nas áreas urbanas.
Este recurso ainda garante maior durabilidade do pavimento que sofrerá menos com os efeitos da chuva, melhor visibilidade para os motoristas que não sofrem com o reflexo das luzes na película d'água e redução do ruído durante o tráfego.
Além disso, o asfalto permeável reduz o chamado “efeito de spray”, causado pelo contato entre as rodas e o asfalto molhado e também proporciona maior segurança na direção ao permitir maior escoamento da água, minimizando os riscos de aquaplanagem.
Este sistema foi implementado no Brasil?
A trajetória de aceitação da tecnologia no Brasil teve início com a certificação da Prefeitura do Rio de Janeiro, criada em 2012 para incentivar empresas a utilizarem o asfalto permeável.
Na sequência, em 2013, São Paulo realizou uma especificação técnica sobre uso, aplicação e produção do asfalto permeável, e em agosto de 2015, a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) publicou a norma NBR 16416/2015, contendo requisitos e procedimentos sobre pavimentos permeáveis de concreto, elaborada pelo Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados.
Até o momento, poucas avenidas e rodovias do país utilizam o asfalto permeável, dentre elas estão a Avenida Escola Politécnica, em São Paulo, a Avenida Atlântica em Copacabana, no Rio de Janeiro, a Rua João Negrão, em Curitiba, e a Avenida Borges de Medeiros, em Porto Alegre.
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