Em dias de altas temperaturas, o ar-condicionado pode ser o principal aliado de motoristas e passageiros dentro dos veículos. Mas também pode ser uma via perigosa de entrada de gás tóxico na cabine do automóvel, se houver vazamentos próximos à captação de ar ou nos espaços para a passagem de cabos no painel corta-fogo.
No último domingo (28), uma tragédia abalou o Brasil: o falecimento de um casal dentro de seu veículo com o ar-condicionado ligado. Renato Dias, 33 anos, e Bianca Alves, 28 anos, retornavam de uma viagem à Argentina quando decidiram fazer uma parada para descansar dentro de seu Hyundai Tucson em um posto em Cajati, interior de São Paulo.
Vazamentos podem ser letais
A polícia investiga a possibilidade de vazamento de monóxido de carbono para dentro do veículo, um gás incolor e inodoro proveniente da queima incompleta de combustível. Renato e Bianca foram encontrados sem sinais de lesões, levantando a suspeita de que tenham sido asfixiados pelo gás.
O monóxido de carbono pode ser letal, levando à morte por asfixia. Nos veículos, ele geralmente é gerado no motor e deve ser expelido com segurança pelo sistema de escape. No entanto, defeitos mecânicos, como furos ou corrosão no escapamento, podem levar ao vazamento desse gás para dentro da cabine pelo ar-condicionado.
Além disso, a falta de manutenção do veículo pode aumentar o risco, como problemas no conversor catalítico ou no motor, que deixam de queimar completamente o combustível, aumentando a produção de monóxido de carbono.
Realizar uma verificação completa do veículo é fundamental antes de viagens longas. Além disso, é importante evitar parar em locais onde o ar do veículo possa ser contaminado por gases poluentes de outros veículos, como postos de gasolina ou rodoviárias.
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