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Flexibilidade

Stellantis cogita integrar motor a combustão em modelos elétricos

Com metas para eletrificação de sua frota global, Stellantis está aberta a adaptar sua estratégia para atender demanda do público

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Pelo sucesso de vendas de elétricos da Stellantis, o Fiat 500e foi o modelo escolhido para realização de testes da nova tecnologia
Pelo sucesso de vendas de elétricos da Stellantis, o Fiat 500e foi o modelo escolhido para realização de testes da nova tecnologia Foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press

Com o plano "Dare Forward 2030", o grupo Stellantis, conglomerado resultante da fusão entre Fiat Chrysler Automobiles e PSA Group, visa ter uma linha de veículos de passageiros totalmente elétrica na Europa até essa data, enquanto nos Estados Unidos a meta é atingir 50% de eletrificação até 2030.

Mas em um mercado automotivo tão dinâmico, a flexibilidade é chave. Em um comunicado à WardsAuto, a diretora financeira da Stellantis, Natalie Knight, enfatizou a importância de permanecer atenta às demandas dos consumidores e destacou que a empresa está aberta a produzir versões movidas a combustão de modelos originalmente elétricos, caso a demanda peça.

Isso reflete a visão estratégica da Stellantis, que está investindo em novas plataformas como a STLA, projetada para acomodar tanto trens de força elétricos quanto a combustão. Será que essa flexibilidade é uma vantagem competitiva em um cenário onde a transição da combustão para a eletricidade está em curso?

Se a demanda nos Estados Unidos pender mais fortemente para veículos a combustão até 2030, isso significa bater de frente com a meta de eletrificação de 50% estabelecida pela Stellantis. Embora o futuro seja incerto, a empresa reafirmou seu compromisso com o plano Dare Forward 2030, mantendo a meta de 50% de veículos elétricos nos EUA e 100% na Europa.

Enquanto isso, no Brasil, a Stellantis está adotando uma abordagem diferente. O conglomerado já anunciou planos para introduzir a tecnologia Bio-Hybrid, oferecendo uma variedade de modelos híbridos com sistema flex. Essa iniciativa engloba três tipos de motorização: híbrido-leve, híbrido convencional e híbrido plug-in, com a aplicação variando de acordo com o segmento de mercado.

Com uma meta ambiciosa de lançar 40 modelos até 2030, a Stellantis está se preparando para uma transição gradual e abrangente no mercado brasileiro. O primeiro híbrido está programado para chegar ainda este ano, aumentando a oferta de opções sustentáveis no país. Apesar do sigilo em torno do modelo específico, sua produção em Goiana (PE) sugere uma possível inclusão de marcas como Fiat, Jeep ou Ram.