Assim como todas as cidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, a General Motors do Brasil e a Stellantis, na Argentina, também enfrentam as consequências do desastre natural em suas fábricas.
Dado o evento climático, a paralisação da produção dos compactos Chevrolet Onix e Onix Plus precisou ser estendida. Isso porque já havia um recesso programado em curso, para ajustes na cadeia de suprimentos. Porém, a volta da produção no Rio Grande do Sul estaria prevista para hoje (7).
Como a situação na região se agravou devido às fortes chuvas e a crise no estado, a GM decidiu estender o período de paralisação, com days off nos dias 8, 9 e 10 de maio, para priorizar a segurança dos seus funcionários. Segundo a empresa, a fábrica não foi atingida pelas águas, mas seu entorno está tomado pelo alagamento.
Com cerca de 19 mil unidades paradas no pátio da fábrica, equivalente a aproximadamente um mês e meio de vendas, a suspensão da produção do Onix no Rio Grande do Sul levanta preocupações sobre o estoque crescente de veículos não vendidos. Surge a necessidade de uma estratégia eficaz para gerenciar esse excesso de carros parados e evitar impactos negativos nas finanças da GM.
Mas não só as produções brasileiras foram afetadas pelas enchentes. Os planos de produção da fábrica da Stellantis em Córdoba, na Argentina, também precisaram ser alterados, devido a dificuldade de entregas dos fornecedores situados no Sul do Brasil.
A produção do Fiat Cronos, que já havia enfrentado interrupções semanas atrás, novamente ficará suspensa a partir de hoje (7) , seguindo até a próxima segunda-feira, 13 de maio.
Sendo o Brasil o principal fornecedor de peças importadas para carros montados na Argentina, as rotas do Sul do país são importantíssimas na relação entre fornecedores brasileiros e os terminais argentinos. Consequentemente, as enchentes que causaram atrasos nas entregas não apenas afetam as operações da Stellantis, mas também têm um impacto em toda a cadeia de suprimentos da indústria automotiva na região.
Investimentos da GM no Brasil
Embora atualmente a operação esteja em meio a estes desafios, a GM demonstrou um voto de confiança no mercado brasileiro ao anunciar um investimento de R$7 bilhões até 2028.
Visando não apenas modernizar as operações existentes, como também introduzir novos produtos e tecnologias, incluindo veículos elétricos. Um compromisso de longo prazo com o desenvolvimento e a expansão de suas atividades no país.
O anúncio gerou entusiasmo entre os consumidores e entusiastas, mas falta de especificidades sobre como os bilhões serão distribuídos tem levantado algumas incertezas. Especialmente entre os funcionários da linha de montagem, há preocupações sobre o impacto desse investimento em suas atividades diárias.
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