UAI
Novela

Lula sanciona com vetos lei que retoma pagamento do Seguro DPVAT

Trechos que previam multa para o não pagamento do Seguro DPVAT (SPVAT) foram retirados. Veto será analisado pelo Congresso

Publicidade
Cobrança do Seguro DPVAT vai voltar, mas valor exato ainda não foi definido
Cobrança do Seguro DPVAT vai voltar, mas valor exato ainda não foi definido Foto: Detran ES

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que reformulou e retoma a cobrança do Seguro DPVAT, que vai passar a se chamar SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito). No entanto, a Lei Complementar 207/24 foi publicada com vetos.

Lula vetou dois trechos da nova lei que classificavam o não pagamento do seguro no prazo estipulado pela lei como infração grave, com multa de R$ 195,23. Ele justificou que a penalidade é desnecessária, uma vez que a própria lei prevê a obrigatoriedade de quitação do SPVAT para fins de licenciamento anual, de transferência e baixa de veículo no Detran.

A Lei Complementar 207/24 foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (17) e se originou de projeto do Poder Executivo (PLP 233/23) aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.

Mas, atenção! O veto presidencial será colocado em votação pelo Congresso Nacional em sessão conjunta de deputados e senadores. Se for derrubado, a penalidade será inserida na lei.

Valor do Seguro DPVAT (SPVAT) ainda não foi definido

Com a nova regulamentação, será possível voltar a cobrar o Seguro DPVAT (SPVAT) de proprietários de carros e motos. No entanto, o valor a ser pago pelos proprietários de veículo ainda não foi oficializado. Na época da tramitação do projeto na Câmara, o governo estimou que o seguro anual ficará entre R$ 50 e R$ 60.

A Caixa Econômica Federal cuidará da gestão do fundo formado a partir dos valores pagos pelos proprietários de veículos, e pagará as indenizações. Desde 2021, o banco já opera de forma emergencial o seguro após a dissolução do consórcio de seguradoras privadas que administrava o DPVAT.

O governo federal alega que a volta da cobrança é necessária porque os recursos do antigo Seguro DPVAT disponíveis para a continuidade do pagamento das indenizações não são capazes de suportar mais um ano. O texto direciona entre 35% e 40% do valor arrecadado com o prêmio do seguro para os municípios e estados onde houver serviço de transporte público coletivo.

Mudança fiscal

Além de criar o SPVAT, a Lei Complementar 207/24 altera o novo arcabouço fiscal (Lei Complementar 200, de 2023). O texto antecipa em dois meses a permissão para a abertura de crédito suplementar em caso de superávit primário. A mudança permite uma elevação de 0,8% nas despesas da União, o equivalente a uma estimativa de R$ 15,4 bilhões. Parte do dinheiro pode ser usada para compensar o corte de emendas parlamentares ao Orçamento. (com Agência Câmara de Notícias)