UAI
Picape

Hilux elétrica será feita no sudeste asiático. Vem para o Brasil?

Produção da nova Hilux 100% elétrica ficará concentrada na Tailândia. Toyota disse que a autonomia aproximada da caminhonete será de apenas 200 quilômetros

Publicidade
Hilux elétrica foi apresentada no Salão do Automóvel de Bancoc, na Tailândia
Hilux elétrica foi apresentada no Salão do Automóvel de Bancoc, na Tailândia Foto: Toyota/Divulgação

A Toyota confirmou o lançamento de uma versão totalmente elétrica de sua famosa picape Hilux, prevista para chegar ao mercado em 2025. A japonesa vem sendo bem cautelosa com sua abordagem adotada até agora em relação aos veículos totalmente elétricos

Diferente de outras montadoras que têm investido pesadamente na eletrificação de suas frotas, a Toyota optou por um caminho mais “conservador”, priorizando a tecnologia híbrida.

O presidente Akio Toyoda manifestou ceticismo quanto ao domínio dos elétricos a bateria, prevendo que eles não ultrapassarão 30% de participação de mercado em um futuro próximo. Mas a crescente pressão por veículos de emissão zero e a demanda de mercado parecem ter levado a Toyota a expandir pouco a pouco sua linha de elétricos puros.

Detalhes da nova Hilux Elétrica

O anúncio recente destaca que a Hilux Revo BEV, nome dado à versão elétrica da picape, começará a ser produzida no final de 2025. A produção será realizada na Tailândia, um mercado estratégico para a Toyota, onde as picapes representam mais de 50% das vendas de veículos. Este país do sudeste asiático também será o palco da fabricação da concorrente direta da Hilux elétrica, a Isuzu D-Max elétrica.

Toyota Hilux elétrica branca parada em rua
Autonomia aproximada é de aproximadamente 200 quilômetros Foto: Toyota/Divulgação

Ainda não temos detalhes de todas as especificações técnicas da nova Hilux, mas a Toyota mencionou anteriormente que o alcance esperado é de aproximadamente 200 quilômetros com uma única carga.

Considerado modesto para os padrões atuais, esta autonomia gera preocupação sobre a viabilidade da picape elétrica para usos mais exigentes, como o transporte de cargas pesadas.

Pras Ganesh, vice-presidente executivo da Toyota Motor Asia, falou sobre esses desafios em uma entrevista recente. Segundo Ganesh, aumentar a capacidade da bateria para estender a autonomia resultaria em um aumento significativo no peso do veículo, o que comprometeria sua capacidade de carga.

Com isso, surge um dilema que os engenheiros da Toyota vão precisar resolver para balancear autonomia sem sacrificar a funcionalidade essencial da Hilux.

O Futuro da Hilux 

A montadora não esclareceu muito bem se a Hilux Revo BEV será baseada na atual geração do modelo ou será totalmente nova.Também não há previsões para a chegada da picape na América do Sul.

Toyota Hilux elétrica branca parada em rua
Interior de Toyota Hilux elétrica Foto: Toyota/Divulgação

Além da Hilux elétrica, a Toyota também tem explorado outros conceitos de picapes a bateria. No Japan Mobility Show de 2023, a empresa revelou o conceito EPU, uma caminhonete com construção monobloco e dimensões comparáveis à Fiat Toro.

Outro destaque foi o IMV-0, uma picape modular que já está disponível em alguns mercados com motores a combustão, sob o nome Hilux Champ, e que pode indicar futuras versões elétricas.

Implicações para o Mercado Global

O lançamento da Hilux elétrica na Tailândia e sua potencial exportação para outros mercados refletem uma estratégia mais ampla da Toyota para competir no crescente segmento de veículos elétricos.

A escolha da Tailândia como centro de produção mostra a importância do mercado asiático para a Toyota e o papel das picapes nas vendas da região.

A introdução de uma Hilux elétrica também coloca a Toyota em linha com as tendências globais de eletrificação e pode ajudar a melhorar sua imagem em termos de sustentabilidade. Com a concorrência aumentando, a capacidade da Toyota de equilibrar inovação tecnológica com a tradição robusta de seus veículos será crucial para o sucesso da Hilux elétrica.