A Itália está travando uma verdadeira guerra contra produtos falsamente nacionais, e isso também alcança os carros. Dessa vez, um lote com 134 unidades do Fiat Topolino foi apreendido pela Guarda Aduaneira e pela Guarda di Finanza nas água da cidade portuária de Livorno, na costa oeste da Toscana.

O motivo? A traseira do Fiat Topolino traz como enfeite uma bandeirinha da Itália, alusão à origem da marca e do Topolino original, enquanto o modelo é fabricado no Marrocos. De acordo com as autoridades italianas, isso causaria um erro de origem do veículo.

Alfa Romeo precisou rebatizar SUV

E não é a primeira vez que a Stellantis tem esse tipo de problema com o governo da Itália. Ainda em 2024, a Alfa Romeo apresentou o SUV compacto Milano, que é a cidade sede da marca. É aí que começa a confusão, já que o modelo é produzido na Polônia. Por esse motivo, o SUV foi rebatizado como Junior.

Esse imbróglio se baseia em uma lei italiana que visa defender o mercado contra produtos com indícios de origem falsos ou enganosos. Confira a seguir um trecho da Lei 350/2003:

"A marcação 'made in Italy' relativa a produtos e mercadorias não originários de Itália, em conformidade com a legislação europeia de origem, constitui uma indicação falsa, mesmo que seja indicada a origem estrangeira e a proveniência dos produtos, a utilização de sinais, números ou qualquer outro material que possa levar o consumidor a crer que o produto ou produtos são de origem italiana, incluindo a utilização falsa ou enganosa das marcas da empresa em conformidade com as regras".

Stellantis tirou bandeira italiana do Fiat Topolino

No caso do Fiat Topolino, os veículos apreendidos tiveram os adesivos contendo a bandeira da Itália removidos.

Mas a Stellantis não deixou de apontar que o design do novo Topolino, que é um carro histórico para a Fiat desde 1936, foi projetado e desenvolvido em Turim por uma equipe de profissionais do Centro Fiat Style da Stellantis Europe.

De acordo com o site francês Auto Plus, as relações entre a Itália e a Stellantis estão estremecidas. O governo de Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, chegou a declarar que a Stellantis favoreceu a França e outros países para a produção de alguns modelos, em detrimento da Itália.

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