A Dacia, subsidiária da Renault, está se preparando para competir no Rali Dakar 2025, que acontece de 3 a 17 de janeiro. A empreitada será à bordo de um San... Sandero? Não, o carro que vai enfrentar toda a sorte de obstáculo será o Sandrider, um projeto compacto e dotado de diversos elementos que o fazem apto para o desafio.
Após uma série de testes no País de Gales e na França, a estreia do Dacia Sandrider será no Rali do Marrocos, de 4 a 11 de outubro. O veículo foi homologado para a categoria Ultimate T1+ e também vai correr no Campeonato Mundial de Rali de 2025.
Raio X do Dacia Sandrider
O Sandrider é construído sobre chassi tubular e tem a carroceria em fibra de carbono, o que contribui com baixo peso do veículo. O motor escolhido é um 3.0 V6 biturbo, com 360cv de potência e 55kgfm de torque, com câmbio sequencial de seis marchas e tração nas quatro rodas.
O veículo utiliza combustível sintético fornecido pela Aramco, obtido pela combinação de hidrogênio renovável e CO2 capturado, resultando em um produto de baixo carbono. De acordo com a Dacia, esta é uma solução simples para reduzir o impacto ambiental.
Veículo é baseado no conceito Manifesto
O Dacia Sandrider é baseado em um veículo-conceito da marca romena chamado Manifesto. O modelo é classificado debaixo do grande guarda-chuva dos SUVs, e reúne uma série de valores da marca: robustez, capacidade todo-terreno, simplicidade e baixa emissão a um custo acessível.
O Manifesto é um SUV muito compacto e totalmente aberto, para promover uma ligação dos ocupantes com a natureza. A ideia é ser mais ágil do que rápido. Um ponto que chama a atenção são os pneus sem ar, que nunca furam. Mas, o veículo é só um estudo de conceitos que podem ser aplicados na linha comercial da Dacia.
Pacote de maldades para enfrentar o Rali Dakar
Mas, diferente do Manifesto, o Sandrider não vai frequentar apenas salões para aficionados por carros. O veículo vai sujar seus pneus na terra, na lama e na areia, sem tempo para ser delicado. Para isso, ele recebeu um "pacote de maldades".
O visual do Dacia Sandrider é puramente funcional, sendo que todos os elementos se fazem absolutamente necessários, principalmente na aerodinâmica. Não há peça decorativa. Os pneus BF Goodrich são do tipo todo-terreno, proporcionando aderência e resistência a impactos e perfurações. As rodas sobressalentes foram alocadas próximas às caixas de roda traseiras.
Para controlar a temperatura interna foi usado pigmento que repele os raios infravermelhos integrado à fibra de carbono. Este processo foi objeto de um pedido de patente. O interior do Sandrider recebeu assentos Sabelt cobertos com tecidos antibacterianos e reguladores de umidade. As ferramentas de bordo não foram colocadas em caixas, ficando ao alcance da equipe.
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