A Fiat antecipou as primeiras imagens de um novo carro global que interessa bastante ao Brasil: o Fiat Grande Panda. Trata-se da quarta geração de um compacto cuja estreia ocorreu no já distante ano de 1980. Por aqui, esse modelo deve dar origem ao sucessor do atual Argo, já em 2026. Nos anos seguintes, o projeto deverá originar ainda os sucessores de Pulse e Fastback, que, atualmente, baseiam-se justamente no Argo.
Ainda não está claro qual será a nomenclatura adotada no Brasil: a Fiat pode tanto chamá-lo de Panda quanto de Argo, ou ainda optar por uma nova identidade. O design também poderá sofrer alterações pontuais para o mercado nacional. No entanto, as características gerais do projeto serão mantidas, incluindo a nova plataforma, que o grupo Stellantis chama de STLA Smart.
Essa nova base é uma evolução da CMP, que, por sua vez, é adotada na atual gama do Citroën C3. O Fiat Grande Panda, inclusive, tem a mesma distância entre-eixos do hatch da marca francesa, de 2,54m. Já o comprimento e a largura são apenas um pouquinho maiores: 3,99m, ante 3,98m, e 3,75m, frente a 3,73m. As carrocerias de ambos, porém, adotam componentes completamente distintos.
Vale lembrar que, no mês passado, o grupo Stellantis anunciou investimentos de R$14 bilhões na fábrica de Betim (MG). Com esse montante, a multinacional adequará o complexo industrial para manufaturar uma nova plataforma, que, no caso, é justamente a STLA Smart. Assim, o Fiat Grande Panda será produzido na unidade mineira, enquanto a gama Citroën C3 seguirá em Porto Real (RJ).
Como é o novo Fiat Grande Panda?
O Grande Panda estreia uma nova linguagem de estilo na linha Fiat. O design é bastante contemporâneo, mas, ao mesmo tempo, traz traços que remetem à primeira geração, de 1980, concebida pelo italiano Giorgetto Giugiaro, que, na mesma época, projetou também o primeiro Uno. As proporções de faróis, grade e lanternas, além do logotipo na tampa traseira, por exemplo, fazem referência ao modelo original.
A ousadia fica por conta dos elementos "industriais", como os nomes do fabricante e do próprio modelo estampados em baixo relevo na lataria. Não faltam, claro, barras no teto, que elevam a altura total e, assim, ajudam a dar um ar de SUV ao veículo.
Sob o capô, o Fiat Grande Panda terá, na Europa, apenas motorizações híbridas e 100% elétricas. Por enquanto, porém, o fabricante não informou quaisquer dados técnicos: provavelmente, o modelo só será revelado por completo no próximo dia 11 julho, quando a marca italiana completará 125 anos. Segundo o site Autos Segredos, versão brasileira deve manter os conhecidos motores 1.0 de aspiração natural e 1.0 turbo da linha FireFly, sendo esse último acrescido de tecnologia micro-híbrida.
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