O tempo passa para todos, inclusive os automóveis. Tanto é que, em 2024, 5 carros nacionais que marcaram época estão completando 50 anos de história. Todos eles chegaram ao mercado no já longínquo ano de 1974: hoje, muitos dos exemplares sobreviventes figuram em coleções.
Eis os 5 carros nacionais que estão fazendo 50 anos em 2024
O VRUM listou os 5 carros nacionais que estão se tornando cinquentões em 2024. São modelos com origens, propostas e concepções bastante distintas entre si, que ajudaram a construir a história da indústria automobilística brasileira. Será que você conhece todos eles? Confira o listão!
1- Volkswagen Passat
Em 21 de junho de 1974, o Volkswagen Passat vinha ao mundo, ou melhor, era lançado no mercado brasileiro. O design, assinado pelo italiano Giorgetto Giugiaro, era pura modernidade, bem como a mecânica. Nesse ponto, aliás, o modelo era completamente distinto dos demais carros nacionais do fabricante: em vez de motor a ar posicionado na traseira, o propulsor tinha um propulsor dianteiro com arrefecimento a líquido.
As vendas do Passat logo decolaram, e a Volkswagen só deixou de produzi-lo em 1988. Ao longo desses cerca de 14 anos, o modelo passou por duas reestilizações, em 1979 e em 1982. Ao todo, foram 897.829 unidades fabricadas no país, sendo que, desse total, 221 mil foram exportadas. Merecem menção ainda as versões esportivas TS e GTS Pointer, equipadas com motores 1.6 e 1.8, respectivamente.
2- Alfa Romeo 2300
Ao contrário do Volkswagen Passat, que alcançou números elevados de emplacamentos, o Alfa Romeo 2300 sempre vendeu pouco. Em parte, devido ao preço, já que foi um dos automóveis mais caros do país desde o lançamento, em 26 de março de 1974, até o fim da produção, em 1986. Além disso, a fábrica, localizada em Xerém (RJ), tinha baixa capacidade industrial.
Fato curioso é que, em 1978, a Fiat assumiu as operações da Alfa Romeo no Brasil, enquanto, globalmente, isso ocorreu apenas em 1986. A produção, então, foi transferida para Betim (MG). O projeto foi desenvolvido na Itália especificamente para o mercado local: nenhum outro país o fabricou. Além do mais, a produção não chegou a 30.000 unidades, de modo que o Alfa Romeo 2300 figura no rol de carros nacionais raros.
3- Chevrolet Caravan
Diferentemente dos demais carros nacionais deste listão, o Chevrolet Caravan não foi fruto de um projeto inédito. Na verdade, era uma derivação do Opala. Apesar de ter chegado ao país 6 anos após o sedan, a perua da gama, logo caiu no gosto dos consumidores. Tanto que ambos só saíram de linha em 1992 e, até hoje, têm um fã clube numeroso.
A apresentação ao público ocorreu em 22 de novembro de 1974, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, sendo que as vendas começaram logo em seguida. Ao longo da história, a perua teve as luxuosas versões Comodoro e Diplomata, além da esportiva SS, sempre equipadas com os motores 2.5, de quatro cilindros, e 4.1, de seis. A Caravan teve aproximadamente de 250 mil exemplares fabricados, o que corresponde a cerca de um quarto da produção da linha Opala, que chegou a quase 1 milhão de veículos.
4- Puma GTB
Um fora-de-série raro e realmente esportivo também nasceu em 1974: é o Puma GTB da primeira geração, conhecida como S1. A ideia era oferecer um produto mais sofisticado e rápido que os modelos GTE e GTS, equipados com motor 1.600 de origem Volkswagen. Para isso, o fabricante adotou a mecânica 4.1 de seis cilindros do Opala.
O cupê deu as caras ainda na fase de protótipo, durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 1973, com o nome de GTO. A chegada ao mercado, porém, só veio a acontecer em meados no ano seguinte, já com a denominação definitiva de GTB. A carroceria, confeccionada em fibra de vidro, tinha linhas arrojadas, que remetiam aos esportivos dos Estados Unidos. A Puma produziu apenas 706 exemplares até 1978, o que o torna um dos carros nacionais mais raros da década de 1970.
5- MP Lafer
O quinto dos carros nacionais que está completando 50 anos em 2024 é o MP Lafer. Trata-se, possivelmente, da réplica mais famosa já produzida no país, devido à carroceria de fibra de vidro que reproduzia as linhas do MG TC inglês. A produção começou em abril de 1974, após um longo período de "ensaios": o primeiro protótipo data de 1972 e chegou a ser exposto, naquele mesmo ano, no Salão do Automóvel de São Paulo.
As primeiras unidades utilizavam motor 1.500, mas equipou apenas 40 veículos, aproximadamente. Ainda em 1974, esse motor foi substituído por um 1.600, sempre fornecido pela Volkswagen. O chassi também era proveniente da maca alemã. A Lafer, que, originalmente, fabricava móveis, produziu cerca de 4.300 unidades do MP até 1990, das quais em torno de 1.300 foram exportadas.
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