Hoje, 25 de julho, é celebrado o Dia do Motorista, uma data especial que homenageia os profissionais que enfrentam as estradas e outras vias pelo país diariamente. De caminhoneiros a taxistas, de motoristas de ônibus a condutores de aplicativos, todos desempenham função indispensável na economia e no cotidiano de milhões de brasileiros, mas, muitas vezes, não recebem o reconhecimento que merecem.
Por que o Dia do Motorista é em 25 de julho?
A escolha dessa data não é por acaso. Em 25 de julho, é celebrado o dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e viajantes. A data foi oficializada no Brasil em 1968, por meio de decreto federal, e, desde então, se tornou um momento de reflexão e reconhecimento para esses profissionais. São Cristóvão, segundo a tradição cristã, é conhecido por proteger aqueles que estão em viagem e se tornou um símbolo de proteção e segurança nas estradas.
Ser motorista no Brasil não é uma tarefa fácil. Separamos cinco perrengues que são enfrentados diariamente no trânsito brasileiro.
1. Impostos elevados
Os impostos são uma das maiores dores de cabeça para os motoristas brasileiros. O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, e isso pesa diretamente no bolso dos motoristas. Impostos como o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) são apenas alguns dos tributos que apertam anualmente as finanças de quem tem um veículo.
Na hora de comprar veículos novos, os consumidores também se deparam com altos impostos, que aumentam muito o preço de compra. Para os motoristas profissionais, os custos adicionais duplicam de peso, considerando que muitos já lidam com margens de lucro apertadas.
2. O caos chamado trânsito brasileiro
O trânsito caótico é um dos maiores pesadelos de todo motorista. Engarrafamentos intermináveis, motoristas imprudentes e falta de educação no trânsito são de deixar qualquer um estressado. Atualmente, aplicativos de GPS, como Waze e Google Maps, permitem que você veja a melhor rota para fugir do trânsito, mas às vezes não tem como escapar. Mesmo quem não mora nas grandes capitais, como São Paulo, já ouviu falar do caos que é conduzir um veículo no trânsito paulista.
Longos congestionamentos são extremamente frustrantes para os condutores, podendo causar problemas de saúde a longo prazo, e também impactam a produtividade dos motoristas. O tempo perdido no trânsito poderia ser utilizado de forma mais produtiva, seja fazendo entregas, transportando passageiros ou simplesmente chegando ao destino de forma mais rápida e eficiente.
O trânsito intenso também aumenta o consumo de combustível e o desgaste do veículo. Com isso, os custos operacionais de se ter um carro são elevados ainda mais. Para os motoristas de aplicativos e táxis, isso significa menos corridas e, consequentemente, menos receita no fim do dia. A dica pode parecer clichê, mas o básico tende a funcionar: respire fundo, mantenha distância segura dos outros veículos, evite distrações como celular e siga as leis de trânsito. A paciência é fundamental para lidar com o trânsito caótico.
3. Preços dos combustíveis: dá até medo!
Quem nunca foi abastecer o veículo e tomou um verdadeiro susto ao se deparar com mais um aumento no preço do combustível? Esse sim é um perrengue diário e constante para os motoristas brasileiros. Com variações frequentes que frustram cada dia mais, o custo do combustível é um fator determinante na rentabilidade de quem depende do carro para trabalhar. Atualmente, os preços da gasolina e do diesel têm atingido níveis elevados, pressionando ainda mais o orçamento dos motoristas. Procurar por combustíveis alternativos ou mais econômicos pode ser uma solução, mas nem sempre está disponível ou é viável para todos os tipos de veículos.
4. Preços dos veículos
Mesmo os carros mais baratos no Brasil ainda têm preços elevadíssimos e fora da realidade financeira da maioria dos brasileiros, principalmente quando comparados a outros países. Atualmente, o carro mais barato do Brasil é o Fiat Mobi, que custa R$ 72.990. A combinação de altos impostos, custos de produção e a margem de lucro das montadoras faz com que adquirir um carro novo seja um investimento enorme, sendo especialmente desafiador para motoristas que dependem do veículo para ganhar a vida.
Um carro zero-quilômetro pode ser atraente por diversos motivos, como menor necessidade de manutenção imediata e garantia de fábrica. Mas os preços elevados, mesmo do carro mais barato do Brasil, o tornam fora de cogitação muitas vezes e forçam os motoristas a optarem por veículos usados, que podem ter um custo de manutenção mais alto a longo prazo. O financiamento de veículos novos também pode representar um fardo financeiro considerável, com altas taxas de juros e longos períodos de pagamento. Além disso, a renovação da frota brasileira também é afetada.
5. Estado das vias
No Dia do Motorista, não há como não lembrar dos buracos, falta de sinalização adequada e manutenção deficiente, que são problemas comuns na maior parte do Brasil. Isso torna a condução de um veículo mais perigosa e aumenta os custos de manutenção. Alinhamentos frequentes, substituição de pneus e reparos na suspensão são apenas alguns dos custos adicionais que os motoristas enfrentam devido às más condições das vias.
Com isso tudo, vem também a necessidade de dirigir mais devagar para evitar danos ao veículo, aumentando o tempo de viagem e diminuindo a eficiência do motorista. Para os caminhoneiros, que percorrem longas distâncias, as más condições podem ser ainda mais desafiadoras, já que afetam prazos de entrega e a segurança da carga transportada.
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