Na primeira quinzena de julho, a divisão norte-americana da Volkswagen confirmou uma reestilização considerável do Taos para o mercado norte-americano e México no final do terceiro trimestre. No entanto, no Brasil, onde o modelo é importado da Argentina, o presidente da Volkswagen anunciou a suspensão do desenvolvimento e afirmou que a empresa está “repensando tudo”.
A reestilização, que estava prevista para o segundo semestre de 2025, irá sofrer atrasos. Marcellus Puig, presidente da Volkswagen Argentina, informou em entrevista com jornalistas no lançamento do facelift da Amarok, que o cenário atual é desafiador, mas ainda não há uma negativa definitiva sobre o projeto.
“Neste ano de crise, suspendemos o desenvolvimento do Taos para rever os custos. No entanto, planejamos continuar produzindo o SUV na Argentina. Após o final do ano, retomaremos as discussões”, afirmou Puig.
O CEO também comentou sobre a competitividade da fábrica de Pacheco na Argentina com a de Puebla, no México, onde o Taos é produzido para mercados como Estados Unidos e Canadá.
O executivo destacou que, devido à baixa carga fiscal, é “impossível competir”. Em outras palavras, com a incerteza na economia da Argentina, o CEO criticou a carga tributária alta do país vizinho e com a carga bem menor no México não há mesmo como competir.
“Estamos discutindo com a matriz o plano de investimentos para o próximo ciclo de cinco anos”, concluiu. Isso indica uma indecisão sobre o futuro do SUV médio, mas não uma rejeição total. A expectativa é que a produção do modelo sofra atrasos e que a reestilização continue suspensa. Anúncios sobre o futuro do Taos devem ocorrer no próximo ano.
O Volkswagen Taos chegou ao Brasil em junho de 2021 e, desde então, não passou por grandes alterações no visual, exceto no modelo 2024, que ganhou novas rodas e alguns equipamentos adicionais. No México, onde uma reestilização está prevista para o final do terceiro trimestre deste ano, pode se antecipar possíveis mudanças para o Brasil.
As atualizações globais podem incluir a motorização híbrida-leve combinada com o novo motor 1.5 turbo-flex EVO 2, que oferece 150 cv e 25,5 kgfm de torque. A plataforma MQB-A1, modular, deve permanecer a mesma, compatível com esse novo conjunto motriz.
As atualizações visuais podem incluir uma dianteira redesenhada e lanternas traseiras interligadas, alinhadas com a identidade visual que a Volkswagen implementa em seus veículos, como visto no T-Cross reestilizado. O interior deve permanecer semelhante, mas com destaque para uma tela multimídia maior e flutuante, como a do T-Cross, embora em menor proporção.