A Volkswagen apresentou nesta quinta-feira (12), nos Estados Unidos, a reestilização do Taos, que agora deixa de lado a aparência "careta" do seu irmão Tahru (Taos chinês) e ganha personalidade própria. Este modelo é importante para o Brasil, já que pode chegar com esse visual ou algo semelhante, talvez em 2025.
Para contextualizar, o Taos é vendido no mercado norte-americano e no México, onde é produzido e importado. No Brasil, o Taos, que até então era idêntico ao vendido lá fora, é produzido em Pacheco, na Argentina. Esse novo design pode indicar o que veremos por aqui.
A reestilização trouxe ao VW Taos uma nova identidade visual, alinhada com o que a montadora alemã vem implementando em seus veículos. A dianteira foi bem reformulada, com novos faróis de LED mais afilados, mantendo a identidade do SUV. O para-choque também foi redesenhado, com mais partes em preto brilhante e uma área maior na grade inferior.
Falando na grade, o filete de LED que ligava os faróis na versão anterior foi removido, dando ao modelo um ar de carro elétrico. No entanto, o filete permanece em outros lugares. As rodas de 19 polegadas também ganharam novos detalhes.
Na traseira, o grande destaque vai para as lanternas, que agora são interligadas por uma barra horizontal que invade a tampa do porta-malas, bem ao estilo do Nivus e do T-Cross. As lanternas são de LED e apresentam uma nova disposição das luzes.
O Taos norte-americano utiliza o motor 1.5 turbo de quatro cilindros a gasolina, que anteriormente entregava 160 cv, mas agora gera 176 cv. O câmbio também mudou, saindo o DSG de sete marchas com dupla embreagem, substituído por um automático convencional com conversor de torque e oito velocidades, o mesmo presente no Tiguan brasileiro.
A tração será oferecida tanto na dianteira quanto na integral, dependendo da versão. Porém, nenhuma opção híbrida foi revelada. No Brasil, o SUV médio é cotado para receber o motor híbrido-flex, o primeiro com tecnologia MHEV (híbrido-leve). Por isso, o novo motor 1.5 TSI Evo2 pode ser uma possibilidade.
Atualmente, no Brasil, o Taos usa o motor 1.4 TSI flex de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, com câmbio automático de seis marchas.
No interior, algumas mudanças são perceptíveis, como a central multimídia ligeiramente mais elevada e destacada, algo visto também no Jetta e no T-Cross. O modelo recebeu novos acabamentos e controles do ar-condicionado.
Nos Estados Unidos, o Taos utiliza uma tela de 8 polegadas, mas no Brasil, a versão deve manter a VW Play de 10 polegadas. O painel de instrumentos continua o Active Info Display de 10,25 polegadas. A Volkswagen afirmou também que o isolamento acústico foi melhorado, e os bancos receberam novos tecidos e acabamentos.
Em termos de segurança, o Taos continua com o conjunto de recursos de assistência ao motorista IQ.DRIVE da VW em todas as versões por lá. Ele inclui piloto automático adaptativo Stop & Go; Front Assist (Aviso de colisão frontal e frenagem automática de emergência com monitoramento de pedestres); Monitor de ponto cego ativo; Alerta de tráfego traseiro; Lane Assist (Sistema de manutenção de faixa), entre outros.
Nos Estados Unidos, o Taos terá novas opções de cores, como o verde Bright Moss Green, o azul Monterey Blue Pearl e o cinza Monument Gray. O SUV será vendido nas versões S, SE, SE Black e SEL.
FUTURO INCERTO NO BRASIL
Apesar do lançamento nos EUA, o futuro do Taos no Brasil é incerto. O presidente da Volkswagen Argentina, Marcellus Puig, anunciou que o desenvolvimento do modelo na América do Sul foi suspenso temporariamente, devido à crise econômica e à necessidade de reavaliar os custos. Mas, ele garantiu que a produção em Pacheco, na Argentina, será mantida.
Puig também destacou a dificuldade de competir com a fábrica de Puebla, no México, que tem custos de produção menores devido à menor carga tributária. A Volkswagen está em negociações com a matriz sobre os planos de investimento para os próximos cinco anos, mas o futuro do Taos na América do Sul segue indefinido. Anúncios sobre o modelo devem ocorrer em 2025.
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